Andrea Kimi Antonelli, jovem piloto da equipe Mercedes, irá estrear na Temporada 2025 da Fórmula 1 utilizando o carro número 12, um tributo a Ayrton Senna. A confirmação obrigou os 20 pilotos da F1 a definirem seus números para a nova temporada até o final de 2024, e Antonelli fez uma escolha deliberada.
- A escolha do número 12 é por causa do Ayrton. É também o número que usei pela primeira vez em monopostos. Comecei na F4, onde usei o 12 logo de início e as coisas correram bem. Espero que eu mantenha isso na F1. Tudo correu bem até agora. Além disso, eu tinha apenas 12 anos quando ingressei no programa de jovens pilotos da Mercedes, então isso também se conecta - revelou Antonelli.
O lendário Ayrton Senna competiu de 1985 a 1988 com o carro número 12, uma época em que os competidores não podiam decidir seus números. Nos primeiros dois anos com este número, Senna pilotava pela Lotus, sua segunda equipe, após estrear na Fórmula 1 com a Toleman em 1984.
Na última temporada sob o número 12, em 1988, Senna fez sua estreia pela McLaren e conquistou seu primeiro título mundial. No ano seguinte, ele começou a correr com o número 1, que lhe foi concedido como campeão. Depois, adotou os números 27 (em 1990), 2 (em 1992 e 1994) e 8 (em 1993), refletindo sua ascensão na categoria.
O fato de Antonelli nutrir tal admiração por Senna é curioso, uma vez que nasceu 12 anos após a morte do ícone do automobilismo, em 1994. Nascido em 2006, o italiano tem apenas 18 anos e será o piloto mais jovem da F1 em 2025.
- Sempre fiquei muito empolgado assistindo aos vídeos do Senna. Quando era criança, assistia a todos os DVDs das temporadas dos anos 80 e 2000 e lembro de ver Ayrton realmente se destacando. Apesar de não ter tido a sorte de vê-lo competir, ao assistir a esses vídeos percebi as corridas incríveis que ele fez. Também vi o documentário e a série recente. Ele é meu ídolo não só como piloto, mas também como pessoa maravilhosa. Isso me inspira, e seria incrível alcançar ao menos uma fração do que ele conquistou na minha carreira - afirmou o novo piloto.
Antonelli tem grandes responsabilidades ao substituir Lewis Hamilton, heptacampeão, que deixou a Mercedes para se juntar à Ferrari neste ano. O italiano recebeu apoio do próprio Hamilton quando foi anunciado como titular da equipe, em agosto passado.
O jovem também obteve sua carteira de motorista recentemente. Natural de Bolonha, ele é considerado por muitos como um “novo Max Verstappen”, já que, assim como o tetracampeão da RBR, subiu rapidamente na hierarquia do automobilismo europeu. Enquanto Verstappen não correu na Fórmula 2, Antonelli pulou a Fórmula 3, indo diretamente para a F2.
Antonelli enfrentou um acidente de 45G ao acelerar com muito vigor. Ele encerrou a temporada da categoria em que o brasileiro Gabriel Bortoleto foi campeão, na sexta posição, com duas vitórias em três pódios. Kimi ainda estava na escola quando foi oficializado como piloto da Mercedes.
Ainda em 2024, ele estava concluindo o quinto e último ano do equivalente ao ensino médio em um instituto técnico na Itália, focando em Relações Internacionais e Marketing. Ele chegou a ser flagrado com livros escolares no aeroporto após uma das corridas da F2.
Filho de Marco Antonelli, ex-piloto da GT3, DTM e Fórmula 4, Kimi assinou com a Mercedes em 2018. Ele começou sua trajetória em carros de fórmula em 2021 na F4 italiana, onde conquistou o título em 2022, além de vencer também na F4 alemã. Seu currículo inclui ainda campeonatos na Formula Regional Europeia (FRECA) e na Fórmula Regional do Oriente Médio.
A Fórmula 1 volta a ativa em 16 de março, com o Grande Prêmio da Austrália, abrindo uma temporada que contará com 24 etapas. Confira o calendário completo e os horários das competições.