Uma cheia significativa do rio Tajo causou o colapso parcial de uma importante ponte histórica em Talavera de la Reina, situada na província de Toledo, centro da Espanha, na noite de sábado, 22 de março de 2025. A estrutura, que remonta ao final do século XV e foi erguida sobre fundações romanas, sofreu danos severos, mas não houve registro de feridos, um alívio em meio ao cenário preocupante.
O incidente ocorre em meio a um período de intensas chuvas e nevascas que persistiram por três semanas consecutivas, elevando os níveis de vários rios na região. A Espanha tem enfrentado um ciclo de tempestades, sendo a mais recente, conhecida como "Martinho", a quarta a atingir o país nesse período. As cidades de Ávila, Toledo e Segóvia estão em estado de alerta devido à situação agravada dos níveis dos rios.
A tempestade também provocou uma liberação significativa de água em 19 barragens na bacia do rio Tajo, uma medida necessária para controlar o fluxo e minimizar os danos. O impacto na infraestrutura é alarmante, especialmente levando em conta que a ponte afetada havia passado por uma restauração significativa em 2002, evidenciando sua relevância histórica para a cidade.
O prefeito de Talavera de la Reina, José Julián Gregorio, manifestou sua tristeza em relação ao ocorrido, enfatizando a importância cultural e histórica que a ponte representa para a comunidade local. Enquanto isso, as condições climáticas severas se espalham por outras regiões da Espanha, com dez das dezenove comunidades autônomas sob alerta laranja ou amarelo devido a chuvas intensas, neve e ventos fortes.
Vale lembrar que a tempestade anterior, chamada "Laurence", já tinha deixado um rastro de destruição e tragédias na Andaluzia, resultando em mortes e desaparecimentos. Diante desse cenário, o governo local e autoridades competentes permanecem vigilantes, monitorando as condições e tomando medidas para amenizar os efeitos das cheias. As próximas horas e dias continuarão a ser críticos para a população da região, que observa com apreensão o aumento dos níveis dos rios e a possibilidade de novas intervenções preventivas.