Na noite de 10 de abril, o esperado confronto entre Colo-Colo e Fortaleza pela Copa Libertadores foi abalado por tragédia e violência, resultando em duas mortes durante uma tentativa de invasão ao Estádio Monumental, em Santiago, no Chile. A partida, que tinha seu placar empatado em 0 a 0, foi suspensa devido ao caos gerado por torcedores que tentavam entrar no local sem ingressos.
A confusão teve início quando aproximadamente 100 torcedores tentaram forçar a entrada no estádio de forma irregular. Durante a intervenção da polícia, uma das cercas de contenção cedeu, resultando na morte de duas pessoas: uma jovem de 18 anos e um adolescente de 13 anos. De acordo com relatos, a irmã da jovem falecida, Bárbara Pérez, afirmou que sua irmã possuía ingresso e foi atropelada por uma viatura policial durante o tumulto.
A notícia das mortes provocou uma onda de revolta entre os torcedores que já se encontravam nas arquibancadas. Muitos invadiram o campo em sinal de protesto, gerando um tumulto que resultou na interrupção do jogo. Os jogadores do Fortaleza, temendo pela sua segurança, buscaram abrigo rapidamente nos vestiários.
O presidente do Colo-Colo, Aníbal Mosa, expressou suas condolências e lamentou profundamente a perda de vidas nesse trágico episódio, prometendo colaborar com as autoridades para identificar os responsáveis pela invasão e pela tragédia. A situação ficou ainda mais tensa com o clima de insegurança que se instalou entre os presentes.
O Ministério Público do Chile foi acionado e está investigando as circunstâncias que levaram às duas mortes, incluindo a ação da polícia e a presença de uma viatura no local do acidente. Enquanto isso, a Conmebol ainda não tomou uma decisão sobre a possibilidade de retomar ou remarcar a partida, deixando a situação em suspenso.
Mais do que um jogo de futebol, esse incidente ressalta a necessidade de revisões nas medidas de segurança em eventos esportivos, para evitar que tragédias como essa se repitam no futuro.