Na noite de 15 de abril de 2025, Joe Biden fez seu primeiro discurso público como ex-presidente dos Estados Unidos, onde criticou severamente as políticas de seu sucessor, Donald Trump, com ênfase nas implicações para a Previdência Social. O evento ocorreu em uma conferência dedicada aos direitos das pessoas com deficiência, em Chicago, e durou cerca de meia hora.
Biden destacou que as reformas propostas por Trump ameaçam a segurança financeira de milhões de americanos, uma vez que a Previdência Social é um dos pilares da proteção social do país. Ele afirmou que este programa é uma "promessa sagrada" que deve ser devidamente protegida, enfatizando que "nunca devemos trair essa confiança ou virar as costas para essa obrigação".
O ex-presidente criticou diretamente as ações da administração Trump, apontando para os significativos cortes de pessoal na Administração da Previdência Social, que resultaram na demissão de milhares de trabalhadores e na deterioração dos serviços prestados aos beneficiários. Durante o discurso, Biden referiu-se a Trump de forma indireta, chamando-o apenas de "esse cara", e declarou que o governo atual estaria "desferindo um golpe" na Previdência Social, priorizando os cortes de impostos para os ricos em detrimento dos benefícios sociais.
A retórica de Biden sugere que a Previdência Social se tornará um tema central nas eleições de meio de mandato, com os democratas mobilizando apoio em torno da proteção desse serviço vital. A resposta de Trump chegou rapidamente através de suas redes sociais, onde ele publicou um vídeo zombando de Biden, sem abordar diretamente as acusações feitas por ele.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, também defendeu o ex-presidente, afirmando que Trump está comprometido em proteger os benefícios da Previdência Social, contradizendo as afirmações feitas por Biden. Essa troca de acusação ilustra a polarização que caracterizará a próxima disputa política.
As reações ao discurso de Biden foram diversas dentro do partido. Enquanto alguns líderes expressaram seu apoio ao ex-presidente, outros levantaram preocupações sobre como sua presença poderia desviar a atenção das críticas a Trump, especialmente considerando que ele enfrenta desafios na política tarifária.
A estrategista democrata, Karen Finney, destacou que a atenção sobre Biden poderia facilitar a posição de Trump, enquanto o líder da Câmara, Hakeem Jeffries, defendeu a importância da voz de Biden nesse momento crítico, ressaltando que questões como a Previdência Social são vitais para a população.
O retorno de Biden ao cenário político, com um foco claro na Previdência Social, indica uma estratégia deliberada para galvanizar o apoio democrático em um tema fundamental que impacta milhões de americanos. À medida que as eleições de meio de mandato se aproximam, a batalha em torno da Previdência Social promete ser um dos principais pontos de discórdia entre os partidos, com Biden se posicionando como um defensor comprometido dos direitos dos cidadãos que dependem desse programa.