A Intel, gigante americana de semicondutores, confirmou planos de demitir mais de 21.000 funcionários, o que representa cerca de 20% de sua força de trabalho global. Esta decisão marca a primeira grande reestruturação sob a liderança do novo CEO Lip-Bu Tan, que assumiu o cargo em dezembro de 2024. As demissões visam não apenas reduzir custos, mas também reposicionar a companhia para enfrentar os desafios de um mercado tecnológico em constante mudança.
Detalhes das Demissões e Motivações
O plano de demissão em massa da Intel contempla a eliminação de aproximadamente 20% de seus colaboradores, com o anúncio previsto para esta semana, antes da divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2025. As demissões terão um impacto global nas operações da empresa, que já enfrentou um ano desafiador, incluindo a perda de 15.000 empregos em agosto de 2024. Com cerca de 108.900 funcionários no final do ano passado, o novo corte reduzirá o quadro para aproximadamente 87.900 colaboradores.
Reestruturação Cultural e Estratégica
De acordo com Lip-Bu Tan, a reestruturação não se limita a cortes financeiros, mas representa uma mudança cultural profunda. O objetivo é restaurar uma cultura centrada na engenharia e inovação, considerada vital para a competitividade da Intel no setor. Isso inclui simplificar a estrutura de liderança e focar em áreas com maior potencial tecnológico, ao mesmo tempo em que se abandona negócios considerados periféricos.
Venda de Ativos e Foco em Segmentos Estratégicos
Além das demissões, a Intel já começou a vender ativos não essenciais, como a venda de 51% da Altera para a Silver Lake, uma empresa de private equity. Essa estratégia visa concentrar recursos em segmentos-chave, principalmente no desenvolvimento de chips avançados e na recuperação da liderança tecnológica, em um momento em que a concorrência com empresas como AMD e NVIDIA tem se intensificado.
Impacto no Mercado e Expectativas Futuras
As medidas tomadas pela Intel têm como objetivo reposicionar a companhia em um mercado de semicondutores cada vez mais competitivo, especialmente com o crescimento de fabricantes asiáticos. O impacto desta reestruturação será monitorado de perto pelo mercado e por investidores, especialmente com a expectativa da divulgação dos resultados financeiros do primeiro trimestre que ocorrerá em breve.
