As negociações entre Dorival Júnior e o Corinthians enfrentam um momento delicado. O técnico elevou sua pretensão salarial para cerca de R$ 3 milhões mensais, surpreendendo a diretoria do clube paulista, que havia vislumbrado um acordo iminente. A elevação das expectativas financeiras causou tensões nas tratativas e agora o Corinthians considera alternativas no mercado.
Com a data limite se aproximando, o clube fixou esta quinta-feira (24) como prazo final para resolver os impasses contratuais. Apesar do otimismo prévio, alimentado por reuniões em Florianópolis, as partes permanecem divididas sobre as bonificações e garantias financeiras, que ainda não foram acordadas. Dorival, que deveria ter assistido ao jogo contra o Racing na Neo Química Arena, não compareceu, o que evidencia o clima tenso nas negociações.
De acordo com fontes próximas às conversas, o Corinthians já aceitou bases salariais que estão dentro de seu orçamento, mas resiste a cláusulas que o estafe de Dorival considera fundamentais. As discussões giram em torno de gatilhos financeiros atrelados a metas esportivas, que precisam ser viabilizados pelos advogados das duas partes.
Enquanto isso, o clima no Parque São Jorge é de incerteza. Compressão da torcida por uma definição aumenta, especialmente após a saída do técnico Ramón Díaz e os desdobramentos envolvendo Tite. A próxima reunião, marcada para esta quinta-feira, pode ser decisiva e carrega o risco de um rompimento definitivo nas conversas.
O impasse atual reflete a complexidade financeira enfrentada pelo Corinthians, que procura equilibrar sua ambição esportiva com a responsabilidade fiscal. Mesmo diante de um cenário nebuloso, há uma perspectiva de que as partes possam chegar a um acordo de última hora, já que mantêm canais de diálogo abertos.
"Estamos buscando uma solução que seja viável para ambos os lados", declarou um representante do clube em uma entrevista recente.
As próximas horas prometem ser decisivas, não apenas para o futuro de Dorival Júnior no Corinthians, mas também para a continuidade das negociações no futebol brasileiro.