A possibilidade da Seleção Brasileira usar uma camisa vermelha como uniforme reserva na Copa do Mundo de 2026 provocou reações intensas na esfera política do Brasil. Governadores e congressistas de diversos partidos manifestaram sua indignação, afirmando que as cores tradicionais — verde, amarelo e azul celeste — são pilares da identidade nacional e não devem ser alteradas.
Entre as vozes que criticaram a mudança, destaca-se o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que chamou a proposta de "afronta" à tradição do país. Outro que se posicionou contra a ideia foi o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que reforçou que a camisa da seleção "nunca será vermelha". Esses pronunciamentos refletiram o descontentamento de uma parcela significativa da população.
A repercussão nas redes sociais foi avassaladora. Um levantamento realizado pela Quatest revelou que 90% dos comentários relacionados à possível adoção da camisa vermelha foram negativos. O estudo apontou que houve 24 milhões de menções sobre o tema e 43 milhões de visualizações em apenas dois dias, demonstrando a magnitude da discussão em curso.
A controvérsia acerca da camisa vermelha não se limita ao debate esportivo, mas ecoa um contexto mais amplo de polarização política no Brasil. Questões que, a princípio, poderiam ser consideradas neutras ou meramente esportivas, acabaram se transformando em debates acalorados. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ainda não se pronunciou oficialmente sobre a adoção da nova camisa, mas o assunto já gerou projetos de lei e discussões acaloradas no Congresso.
A polêmica persiste a medida que novos desdobramentos surgem. Projetos de lei relacionados à questão da identidade nacional na vestimenta da seleção estão sendo propostos, reforçando que temas aparentemente triviais podem rapidamente ascender ao centro da arena política. O futuro da camisa da seleção e a aceitação popular ainda permanecem em aberto, com as reações e debates continuando a se intensificar.