A Coreia do Sul está considerando um aumento na carga horária de trabalho, enquanto o Brasil discute a redução do tempo da jornada semanal. Essa proposta surge em um momento em que a Samsung, gigante sul-coreana, decidiu que seus executivos devem trabalhar seis dias por semana, como parte de uma estratégia para reverter a acentuada queda nos lucros da empresa.
Nas discussões recentes, que ocorreram em maio de 2025, o governo sul-coreano busca implementar mudanças na legislação trabalhista em resposta à pressão por recuperação econômica. Após um veto a uma proposta similar em 2024, quando houve protestos da Geração Z, a discussão atual revisita a ideia de expandir a jornada em setores estratégicos, mesmo a contrapelo do movimento global que explora a implementação de semanas de trabalho mais curtas.
A Samsung estabeleceu, em abril de 2024, a obrigação de que seus executivos trabalhem de forma intensiva, com uma escala de trabalho de seis dias. Essa modalidade permite que os funcionários escolham trabalhar em um sábado ou domingo, mas não abrange trabalhadores não gerenciais. A medida é uma tentativa de responder a uma queda significativa nos lucros, que atingiram uma redução de 72% em 2023. Cita-se uma reportagem da Forbes que disse:
A decisão reflete a mentalidade corporativa que prioriza resultados sobre bem-estar.
Enquanto isso, no Brasil, há um movimento em direção à redução da jornada semanal de 44 para 36 horas. A proposta ganha força, impulsionada por resultados positivos em setores como o de tecnologia da informação (TI), onde muitos relatam um aumento significativo na produtividade com a diminuição das horas de trabalho.
Críticos das longas jornadas na Coreia do Sul, especialmente entre os millennials, alertam que o aumento do tempo de trabalho acarreta sérios riscos de burnout, um fenômeno crescente entre os jovens trabalhadores. Apesar disso, há indícios de que a Samsung já experimenta uma leve recuperação econômica, com relatórios apontando lucros de US$ 1,4 bilhão no primeiro trimestre de 2025.
O governo sul-coreano continua a dialogar com empresas e a juventude trabalhadora, em um cenário marcado por tensões. A Samsung afirma que esta medida é uma exceção temporária, mas especialistas alertam que uma colisão entre modelos de trabalho antiquados e as novas demandas por flexibilidade dos trabalhadores é iminente. Isso poderá criar um ambiente de confronto nas relações de trabalho na Coreia do Sul nos próximos anos.
(Nota: As informações coletadas dão um panorama até maio de 2025, incluindo detalhes específicos da Samsung a partir de abril de 2024. Para um rigor maior, recomenda-se a atualização com dados oficiais de 2025.)