A ausência do influenciador Wisdom Kaye na lista de convidados do Met Gala 2025 desencadeou uma onda de críticas nas redes sociais. O fashionista digital, que possui cerca de 4,5 milhões de seguidores no Instagram, foi excluído sem um motivo oficial claro, o que gerou especulações sobre a curadoria do evento. Desde o dia 5 de maio, a hashtag #JusticeForWisdom viralizou, contabilizando mais de 15 mil postagens no Instagram, destacando a indignação e apoio dos fãs.
A polêmica se intensificou após a publicação de um vídeo pelo canal Fashion Roadman, intitulado “Why Wasn’t Wisdom Kaye Invited To The 2025 Met Gala?!?!?!???”, que alcançou 48 mil visualizações em menos de 24 horas. O vídeo elogia Kaye como “o maior tradutor de alta-costura para a geração Z”, sublinhando sua relevância no cenário da moda digital.
Os especialistas em moda apontam para um descompasso entre a influência online e os critérios tradicionais do Met Gala. Enquanto na edição anterior, em 2024, nomes como Zendaya e Bad Bunny foram privilegiados, a lista de convidados de 2025 ignora figuras importantes do universo digital. A análise dos dados revela que Kaye possui uma média de 8,7% de engajamento por post, rubrica maior do que muitos dos convidados confirmados.
Com um histórico que inclui um look cyberpunk notável no evento virtual Metaverse Gala em 2023, cujo estilo foi replicado por 12 marcas, a exclusão de Kaye reacende debates sobre o elitismo na moda. Para Mariah Chen, consultora de tendências, a indústria ainda não percebeu o impacto dos criadores digitais na inovação estética.
A pressão gerada nas redes sociais provocou a Vogue a criar um tópico especial durante sua cobertura ao vivo do evento. Entretanto, não houve menções oficiais sobre Kaye. Para tanto, seus seguidores organizaram uma “contra-passarela” virtual, onde apresentarão looks inspirados nas criações de Kaye durante o evento.
Assim, o caso expõe o dilema entre tradição e inovação na moda. Enquanto o Met Gala continua a manter seu protocolo rigoroso, a geração Z levanta uma pergunta fundamental: quem determina quem merece estar na história da moda? A resposta, neste novo contexto, parece depender cada vez mais do veredicto das redes sociais.