Frei Juliano da Silva, da Ordem Carmelita e residente em Sorocaba (SP), viveu uma experiência única ao acompanhar a nomeação do novo papa, Leão XIV, no Vaticano. O momento histórico, marcado pela fumaça branca na chaminé, trouxe grande expectativa e surpresa ao religioso, que destacou a vitalidade da Igreja. "A Igreja ainda é viva", afirmou ele, ressaltando a força e profundidade espiritual do novo pontífice.
No dia 8 de maio, o mundo aguarda ansiosamente o anúncio que viria a simbolizar um novo marco na história da Igreja. Com a apresentação de Robert Francis Prevost como Leão XIV, a Praça São Pedro foi palco de alegria e celebração entre os fiéis. "Foi um momento de muita esperança, principalmente nos jovens. A Igreja tem uma mensagem forte para o mundo", contou Juliano, que esteve presente na cerimônia.
Desde 2017, Frei Juliano vive em Roma em missão pela Ordem do Carmo, onde completa sua formação. Ele é pároco na Paróquia Santa Maria Regina Mundi, um bairro da periferia. Juliano observou um aumento significativo na afluência de fiéis ao Vaticano após a morte do papa Francisco, surpreendendo-o ao ponto de se questionar se conseguiria espaço na Praça São Pedro durante a eleição de Leão XIV.
Com a esperança do anúncio iminente, Juliano lembrou-se de um momento curioso durante a espera. "Houve um alarme falso quando gaivotas sobrevoaram a chaminé, causando um alvoroço. Mas, quando a fumaça branca apareceu, a euforia era contagiante", disse, destacando que o momento foi inesperado, trazendo felicidade a todos os presentes.
Frei Juliano teve a oportunidade de encontrar o papa Francisco em três ocasiões. Ele relembrou momentos significativos, como um abraço que solicitou ao pontífice, ressaltando a atenção e carinho que Francisco demonstrava em suas interações. "Foi um gesto que guardo com carinho. Um abraço de um papa era algo inesperado", comentou.
O frei expressou suas esperanças de que o novo papa seja um líder que dialogue sobre paz e simplicidade. "Espero que ele traga acolhimento e compreenda os sinais dos tempos atuais, sempre fundamentado no evangelho. Leão XIV tem mostrado ser um homem forte e profundo em questões teológicas, o que pode ser muito útil para a Igreja", concluiu Juliano ao citar Santo Agostinho e a missão de levar Jesus Cristo ao povo.