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Redação TNA Índia denunciou que o Paquistão violou um acordo de cessar-fogo, estabelecido como total e imediato, horas após sua assinatura. Os dois países, embroalhados em um embate militar ao longo da fronteira por quatro dias, assistem a um aumento nas hostilidades. A informação foi confirmada por uma fonte do governo indiano à AFP, que relatou o agravamento do conflito iniciado com bombardeios das forças indianas contra o território paquistanês e uma troca de tiros na região da Caxemira, resultando na morte de ao menos 60 pessoas.
Em meio a intensas hostilidades, uma série de explosões foi ouvida na noite anterior em Srinagar, a principal cidade administrada pela Índia na Caxemira, onde o fornecimento de energia foi interrompido. Residentes da cidade de Jammu também relataram ataques aéreos com drones, incluindo explosões e disparos visíveis no céu, conforme narra a testemunha.
O secretário de Relações Exteriores da Índia, Vikram Misri, ressaltou as "repetidas violações" do cessar-fogo e assegurou que as Forças Armadas do país estavam "respondendo de forma habitual e proporcional". Em contraposição, o Paquistão reafirmou seu compromisso com a trégua após as alegações indianas. Uma fonte anônima do governo indiano explicou que o cessar-fogo foi acordado diretamente entre as nações envolvidas.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, destacou seu papel no acordo, utilizando suas redes sociais para exaltar sua participação. Ele anunciou: "Após uma longa noite de diálogo mediado pelos Estados Unidos, tenho a satisfação de informar que a Índia e o Paquistão concordaram a um cessar-fogo total e imediato", em sua plataforma, Truth Social.
António Guterres, secretário-geral da ONU, também celebrou o cessar-fogo, expressando a esperança de que este "passo positivo" resulte em uma "paz duradoura", segundo informações de seu porta-voz. A trégua foi também comemorada no Reino Unido, que enquanto ex-potência colonial, abriga uma significativa diáspora tanto da Índia quanto do Paquistão.
As raízes do conflito entre Índia e Paquistão podem ser traçadas até a divisão do território colonial britânico em 1947, que resultou em tensas relações entre as duas nações. O foco de muitos desentendimentos é a Caxemira, uma região predominantemente muçulmana que é alvo de disputa entre os dois países desde sua independência. Após um atentado em abril, que resultou em 26 mortes na parte indiana da Caxemira, as hostilidades se intensificaram, com Nova Délhi responsabilizando Islamabad pela tragédia, algo que é negado pelo Paquistão. A Caxemira é o lar de uma insurgência em curso desde 1989, onde rebeldes buscam a independência ou a anexação ao Paquistão, supostamente recebendo apoio de Islamabad.