O Ford T, produzido durante 19 anos, se tornou um símbolo do início da era do automóvel. Considerado seguro, simples e acessível, ele abriga em sua essência um capítulo crucial da história do automobilismo. Em Jundiaí, um exemplar deste modelo, que completa 100 anos em 2025, se destaca na coleção de José Burche, um empresário apaixonado por veículos clássicos.
A máquina que hoje brilha na garagem de Burche foi adquirida em 2014, após uma visita à cidade de Canoas no Rio Grande do Sul. Ele conta que foi um acaso encontrar o Ford T à venda, e após uma negociação, desembolsou R$ 70 mil. Avaliado atualmente entre R$ 300 mil e R$ 400 mil, o carro é uma relíquia que carrega valor sentimental imensurável.
José, que fez questão de aprender sobre as particularidades do modelo, destaca a singularidade do Ford T. Com um motor de quatro cilindros, 2.9 litros e 20 cavalos de potência, este automóvel atinge a velocidade máxima de 70 km/h, possuindo câmbio planetário e pedais em uma disposição única que exige conhecimento específico para conduzir.
Apesar da idade, o Ford T é conhecido por exigir pouca manutenção. Burche e seu filho, Henrique, que é o único autorizado a dirigir o carro, mantêm o modelo em perfeito estado através de cuidados constantes. Em função do aumento do trânsito e preocupações com a segurança, o veículo tem passado mais tempo na garagem.
A história do Ford T de José não se limita apenas à sua coleção. O carro se destacou também na televisão, participando de uma cena da novela "Éramos Seis", onde trouxe um toque de autenticidade à narrativa. Ele também recebeu prêmios em eventos automobilísticos, consolidando ainda mais sua presença na história do Brasil.
Esse modelo revolucionou a produção em massa e se tornou um marco na fabricação de automóveis, simbolizando a transição para uma era de inovação. A valorização desse veículo relíquia reflete não apenas seu valor histórico, mas também a paixão de colecionadores como José Burche, que perpetuam a memória do automóvel mais famoso do mundo.