A ampliação da estação Santo Amaro, localizada na Linha 5-Lilás, foi considerada entregue apenas parcialmente pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). Enquanto a infraestrutura teve um custo total de R$ 148 milhões e a previsão final de entrega era para esta quinta-feira (15), a liberação do funcionamento assistido ocorreu somente em parte, com o uso da passarela sentido Chácara Klabin, das 6h30 às 9h, desde terça-feira (13).
A revitailzação da estação visa aliviar o fluxo intenso de passageiros em direção à Linha 9-Esmeralda, uma das mais sobrecarregadas da capital paulista. De acordo com a Artesp, a operação assistida foi autorizada após inspeções que não encontraram impedimentos para o funcionamento da estrutura, embora apenas uma parte da passarela esteja atualmente acessível aos usuários.
Embora tenha sido anunciada como entregue, a visita do g1 e da TV Globo ao local no dia 14 de maio revelou que havia operários realizando ajustes e tapumes ainda em uso. Neste contexto, o sentido Capão Redondo da passarela estava fechado, e reparos estavam sendo feitos por operários. Citações de funcionários indicam que as obras podem continuar por mais dois meses, prolongando o período de incerteza para os passageiros.
A entrega com atraso de mais de três anos resultou em uma repactuação do contrato entre a ViaMobilidade e o governo paulista. Esse acordo evitou que a empresa fosse multada em R$ 48,9 milhões, resultando em uma nova penalidade de R$ 39,9 milhões. A mudança nos valores e prazos está relacionada a um governo anterior que enfrentou uma queda de estrutura da passarela em agosto de 2021 e reiterados atrasos no cronograma de entrega.
A ViaMobilidade anunciou que a nova passarela estará em funcionamento não apenas pela manhã, mas também no período da tarde, das 16h30 às 19h. A expectativa é que a operação assistida ajude a acomodar cerca de 80 mil passageiros diariamente, mas ainda há incertezas sobre aspectos fundamentais, como a liberação completa das passagens e os reparos que ainda acontecem.
Apesar da operação assistida, a Artesp não deu esclarecimentos sobre a real finalização das obras, especialmente na parte da passarela que ainda permanece inacessível. A gestão da situação passa a ser crucial para que a entrega final e a operacionalização da estação ocorram sem mais atrasos. A população continua aguardando soluções completas para um transporte mais eficiente.