A Justiça espanhola condenou cinco torcedores do Real Valladolid a um ano de prisão por insultos racistas direcionados ao atacante brasileiro Vinicius Júnior, do Real Madrid, durante uma partida no Campeonato Espanhol.
Os incidentes aconteceram em 30 de dezembro de 2022, no Estádio José Zorrilla. Os torcedores proferiram ofensas como “filho da p***”, “macaco de m***” e “negro de m***” enquanto Vinicius se dirigia ao banco de reservas após ser substituído. Os insultos foram gravados e amplamente divulgados nas redes sociais.
Além de cumprir pena de prisão, os condenados terão que pagar multas que variam de 1.080 a 1.620 euros, e estão proibidos de exercitar funções educativas, esportivas ou de lazer por quatro anos. O acordo foi firmado entre a defesa dos acusados, o Ministério Público e o representante legal de Vinicius Júnior, que optou por renunciar a qualquer compensação financeira relacionada ao caso.
Quatro dos réus aceitaram um ano de prisão, multas diárias, e a inabilitação para funções educativas e esportivas. O quinto réu recebeu uma multa mais leve.
A sentença será comunicada à Comissão Estatal contra a Violência, Racismo, Xenofobia e Intolerância no Esporte, que já havia iniciado procedimentos administrativos contra os acusados. Este caso se insere em um contexto mais amplo de ações judiciais na Espanha para combater o racismo no futebol, incluindo a recente condenação de torcedores do Valencia por insultos semelhantes a Vinicius Júnior em 2023.
Este é um passo significativo na luta contra o racismo no esporte, refletindo um crescente esforço para garantir que a discriminação não seja tolerada nas arquibancadas e que os direitos dos atletas sejam respeitados.