Após o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), 19 das 27 federações estaduais tomaram uma posição clara: é hora de "virar a página". A decisão foi anunciada em um manifesto, que ressalta a urgência em enfrentar desafios estruturais que, há anos, limitam o potencial do futebol brasileiro.
O afastamento se deu após uma decisão do desembargador Gabriel de Oliveira, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). No documento assinado, os dirigentes expressam seu compromisso em formar uma nova chapa para a presidência e vice-presidências da CBF, focada em um ciclo que promete ser mais democrático, integrado e aberto à participação de todos.
Embora Ednaldo ainda contasse com o apoio dos clubes da Série A, que acreditavam em sua liderança até 2027, o manifesto das federações estaduais representa uma mudança significativa na administração do futebol nacional. Os presidentes das federações argumentam que este é um momento decisivo e necessário para resgatar a autonomia da CBF, que atualmente sofre com uma estrutura centralizada e desconectada do ambiente futebolístico.
No manifesto, os dirigentes destacam a necessidade de um calendário equilibrado, arbitragem profissional, gramados de qualidade, segurança nos estádios e competições robustecidas. "Precisamos urgentemente enfrentar esses desafios estruturais", afirmam, em uma clara chamada à ação.
Os signatários do manifesto incluem líderes como Felipe Omena Feij (Federação Alagoana), Michele Ramalho Cardoso (Federação Paraibana) e Robert Brown Carcar da Silva (Federação do Piauí), entre outros, evidenciando uma ampla união entre as federações em busca de melhorias para o futebol brasileiro.
A expectativa agora é se essa união será suficiente para trazer as mudanças necessárias e revitalizar o esporte mais popular do Brasil, que enfrenta um de seus momentos mais críticos.