O navio-escola Cuauhtémoc, da Marinha do México, colidiu com a Ponte do Brooklyn, em Nova York, no último sábado (17). O acidente ocorreu enquanto a embarcação deixava o porto com destino à Islândia, resultando em duas mortes e pelo menos 19 feridos, entre eles alguns em estado grave.
A colisão aconteceu à noite, durante uma manobra, quando os mastros de 45 metros de altura do Cuauhtémoc ultrapassaram a altura da ponte, que é de aproximadamente 38,7 metros. O impacto despojou o topo das estruturas de madeira e metal da ponte, causando destroços a serem lançados sobre o convés, ferindo os passageiros a bordo. Cerca de 250 pessoas estavam presentes no momento do acidente, mas nenhuma caiu na água, evitando assim operações de resgate subaquáticas.
O Cuauhtémoc, símbolo da Marinha Mexicana, fez uma escala no Brasil em 2018 durante a Regata Velas Latinoamérica, que inclui diversas nações da América Latina e Caribe. Na ocasião, o navio atraiu muitos visitantes em Fortaleza e realizou uma viagem de quase seis meses, navegando por mais de 12 mil milhas náuticas.
Na tarde do dia seguinte ao acidente, a embarcação foi rapidamente deslocada para o Píer 36 para a evacuação segura dos passageiros. O governo mexicano expressou profundo pesar pela tragédia e informou que está oferecendo apoio às vítimas e suas famílias, ao mesmo tempo em que são realizadas investigações para esclarecer as responsabilidades no incidente.
O Cuauhtémoc estava planejado para participar das celebrações pelo 250º aniversário da independência dos Estados Unidos em 2026. Desde sua incorporação à Marinha em 1982, o navio visitou mais de 60 países e é admirado por sua beleza e significado cultural.
"Lamentamos profundamente o acidente e estamos comprometidos em ajudar todas as pessoas afetadas", disse um porta-voz do governo mexicano.
Vídeos do acidente mostram o momento da colisão, destacando a gravidade da situação. As autoridades locais continuam a investigar as causas do acidente, enquanto a comunidade naval observa atentamente os desdobramentos.