Cuiabá aciona Banco Central em busca de cobranças pendentes do Atlético-MG.; Reprodução: Globo
O Cuiabá Esporte Clube deu um passo importante nesta semana ao acionar o Banco Central visando a recuperação de quase R$ 40 milhões em pendências financeiras de quatro clubes de futebol. Essa medida estratégica, destinada a resolver questões financeiras, reflete a seriedade das cobranças e a situação atual do futebol brasileiro.
A análise das dívidas foi apresentada à Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), órgão vinculado à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Entre os clubes devedores, o Corinthians destaca-se como o maior culpado, devendo R$ 18 milhões em função da transferência do volante Raniele, realizada em janeiro de 2024. O Santos é responsável por mais R$ 16 milhões relacionados ao zagueiro Joaquim, enquanto o Grêmio deve R$ 700 mil pela venda do volante Pepê ao Vitória. O Atlético-MG também figura na lista, somando uma dívida de R$ 4,7 milhões devido à venda do atacante Deyverson.
A ação mais recente do Cuiabá não é a primeira tentativa de resolver a situação amigavelmente. Após tentativas frustradas de negociação, o clube mato-grossense registrou uma reclamação formal no Banco Central contra os propietarios da Sociedade Anônima do Futuro (SAF) do Atlético-MG, os empresários Rubens Menin e Ricardo Guimarães. Essa estratégia foi motivada pelas ligações de ambos ao setor bancário, já que Menin é dono do Banco Inter, enquanto Guimarães é associado ao BMG.
A cobrança drástica e a ação no Banco Central não apenas demonstram a determinação do Cuiabá em reaver os valores devidos, mas também refletem uma nova abordagem que clubes futebolísticos estão adotando em situações de inadimplência. A expectativa é que essa iniciativa traga respostas rápidas e evite que mais dívidas se acumulem, o que seria prejudicial para a saúde financeira do clube.
Com todos os desdobramentos, o cenário financeiro do Cuiabá e sua estratégia de cobrança estão atraindo a atenção de fãs e investidores. A situação ilustrará como a gestão financeira no futebol pode impactar a sustentabilidade a longo prazo dos clubes envolvidos.