Ex-assistente de Diddy testemunha sobre maratonas sexuais e pressão do rapper durante julgamento. Reprodução: Globo
O rapper Sean Diddy Combs enfrenta sérias acusações de associação ilícita, tráfico sexual e de liderar uma rede ilegal de prostituição. Desde setembro, quando foi preso, ele se declara inocente e está sendo julgado desde o início deste mês.
No julgamento que ocorreu no dia 21 de maio de 2025, George Kaplan, ex-assistente pessoal de Diddy, fez um depoimento bombástico. Ele descreveu sua função de limpar os quartos de hotel onde Diddy realizava suas maratonas sexuais. Durante essa tarefa, Kaplan revelou que se deparava com garrafas vazias de álcool, óleos de bebê e drogas. "Era um trabalho implícito proteger Diddy e sua imagem pública", afirmou Kaplan, ressaltando que, entre suas obrigações, figurava o descarte de evidências do que ocorria nos quartos.
Kaplan, que trabalhou para Diddy de 2013 a 2015, relatou que o rapper frequentemente o chamava ao quarto para entregar sacolas com remédios controlados e analgésicos. Segundo ele, Diddy forçava seus funcionários a comprar drogas, incluindo MDMA, conhecido como ecstasy.
Durante seu depoimento, Kaplan revelou que o músico frequentemente ameaçava sua segurança no trabalho para garantir silêncio sobre as atividades e mau comportamento de Diddy. Uma das ameaças incluía uma reprimenda por ter adquirido uma garrafa de água de tamanho errado. Kaplan adquiriu imunidade após começar a falar sobre sua experiência, inicialmente fazendo uso de seu direito à autodefesa.
No mesmo dia, o julgamento contou também com a presença de um agente federal que apresentou armas encontradas na casa de Diddy em Miami. As armas estavam acompanhadas por documentos e objetos relacionados às denúncias das maratonas sexuais do rapper. Além disso, uma psicóloga falou sobre as dinâmicas dos relacionamentos abusivos, reforçando como as vítimas podem desenvolver baixa autoestima e confundir memórias de abuso com momentos positivos do início de relacionamentos.
No decorrer do julgamento, a defesa de Diddy, representada por Teny Geragos, alegou que as operações policiais contra o rapper foram exageradas, enquanto as acusações de sua ex-namorada Cassie, que testemunhou sobre agressões, continuam a repercutir. O caso, com ramificações profundas, retrata uma batalha entre a fama do rapper e as alegações graves que colocam em questão sua imagem pública.