Ministros do STF discutem sanções dos EUA a Alexandre de Moraes. Reprodução: Globo
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) defendem uma ação imediata do governo Lula em resposta às ameaças dos Estados Unidos de impor sanções ao ministro Alexandre de Moraes. A situação se agrava com as declarações do chefe do Departamento de Estado americano, Marco Rubio, que, em audiência no Congresso dos EUA, indicou que as sanções estão em análise.
Quatro magistrados consultados ressaltam a necessidade de o governo federal comunicar a Washington que intervenções no Poder Judiciário de outros países não são aceitáveis. Essa não é a primeira vez que ministros do STF solicitam do governo reações às típicas investidas da administração Trump contra Moraes, como evidenciado anteriormente nas críticas de Elon Musk.
Além disso, integrantes do Itamaraty têm trabalhado para reafirmar o papel do STF na democracia brasileira junto a autoridades americanas. O anúncio de Rubio ocorreu durante um depoimento na Comissão de Relações Exteriores, onde respondeu a um deputado republicano que questionou sobre a possibilidade de sanções contra Moraes, afirmando a grande probabilidade de que isso aconteça.
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, que está atualmente nos EUA para pressionar por punições a Moraes entre congressistas e membros do governo Trump, expressou otimismo, dizendo: "Venceremos". No entanto, os ministros do STF destacam que continuarão realizando suas funções independentes, incluindo o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está enfrentando acusações de tentativa de golpe de Estado.
O cenário atual ressalta a tensão nas relações Brasil-EUA, refletindo a importância das instituições democráticas e a autonomia do Judiciário em face de pressões externas.