Virna se pronuncia sobre o rótulo de ‘amarelona’ da seleção
Em uma conversa franca, Virna, ex-jogadora da seleção feminina de vôlei, defendeu a companheira Mari, citando as injustiças que cercam o esporte. Ao falar sobre a derrota amarga contra a Rússia nas Olimpíadas de Atenas 2004, ela ressaltou a pressão e os desdobramentos negativos enfrentados pela atleta, que se tornou alvo de críticas severas após errar dois ataques críticos.
Momento tenso e cobrança cruel
"Era uma garota que foi crucificada. Foi um crime o que fizeram com ela", disse Virna, refletindo sobre a vulnerabilidade dos atletas diante da pressão pública. Segundo a ex-jogadora, a seleção, então favorita, sucumbiu sob o peso do psicológico quando enfrentou Cuba na disputa da medalha de bronze, após a dolorosa eliminação. A potiguar de 53 anos lembrou que, nos dias de hoje, o cancelamento virtual intensificaria ainda mais as dificuldades.
Desafios fora das quadras
Ao longo de uma entrevista de mais de uma hora, Virna compartilhou detalhes sobre sua trajetória, que inclui ser mãe aos 18 anos e os desafios que enfrentou no início da carreira. A ex-atleta mencionou momentos difíceis, como ser convocada para a seleção após dar à luz, revelando inseguranças e dificuldades financeiras em sua juventude, especialmente em suas experiências no exterior.
Recordações da luta pela medalha
Recordando os eventos em Atenas, ela falou sobre o impacto emocional da derrota, ressaltando que a responsabilidade era compartilhada entre todas as jogadoras. "Nós éramos as melhores e deixamos as russas serem as melhores", lamentou. Virna ainda comentou sobre a pressão enfrentada por Mari e destacou que a jovem atacante foi sacrificada pelas críticas ao invés de receber apoio.
A rivalidade histórica com Cuba
A rivalidade com as jogadoras cubanas também foi tema. Virna relembrou a tensão e os conflitos que marcaram os jogos, resultando em uma maior rivalidade no cenário do vôlei. Ela comentou que, após momentos difíceis, como a briga no vestiário, os elos se romperam, mas que com o tempo, essa rivalidade se transformou em amizade, demonstrando a capacidade de superação entre as atletas.
Perspectivas e legado no esporte
Virna analisou o presente do vôlei feminino e a nova geração de jogadoras, expressando esperança e admiração por novas atletas como Gabi Guimarães. A ex-jogadora agora se dedica a palestras e projetos motivacionais, buscando inspirar jovens e refletindo sobre o impacto que o esporte teve na sua vida. Em um momento inspirador, ela falou sobre o orgulho de ser reconhecida como uma referência no vôlei e de ter deixado um legado positivo para os novos talentos.