A polêmica marcação de pênalti que resultou no primeiro gol do Flamengo sobre o Palmeiras, neste domingo, provocou revolta entre os jogadores alviverdes. O auxiliar técnico João Martins, que assumiu o comando da equipe na ausência de Abel Ferreira, expressou sua indignação durante a coletiva de imprensa, referindo-se à situação como um "jeitinho brasileiro" que compromete a integridade do futebol.
Martins ressaltou que, atualmente, o árbitro se torna dependente do VAR, afirmando: "Hoje em dia o VAR é quem manda no jogo. Ramon (Abatti Abel), o árbitro, não consegue tomar uma decisão sem a confirmação do VAR. Em uma recente partida, assistimos a final da Copa de Portugal, onde um pênalti foi marcado e o VAR não interveio. A regra é clara. O que custa cumprir as regras?", questionou o auxiliar, demonstrando sua irritação.
"As regras estão para ser cumpridas e hoje foi claramente um jeitinho brasileiro", disparou Martins, referindo-se à marcação do pênalti contra o Palmeiras. Inicialmente, o juiz Ramon Abatti Abel havia deixado o jogo seguir, mas o VAR recomendou a revisão do lance envolvendo Arrascaeta, o que gerou ainda mais controvérsia.
Ele ainda ironizou a situação do segundo pênalti, expressando: "Apenas me resta rir. Ramon estava a um metro e mandou seguir. Murilo usou o corpo para proteger. Ele teve coragem de deixar seguir, mas a pressão externa é tanta que o VAR chamou e reforçou com as imagens".
Criticando a situação, Martis afirmou: "Isso se chama amadorismo. Estamos dando nosso melhor todos os dias. Isso não pode acontecer". Além disso, ele destacou a sensação de injustiça, afirmando que "sabemos que era impossível marcar dois pênaltis contra o Flamengo. No Palmeiras, a pressão era para fazer gols, pois qualquer erro seria penalizado", finalizou.
Apesar da derrota, o Palmeiras continua na liderança do Campeonato Brasileiro, somando 22 pontos, enquanto o Flamengo se aproxima com 21 pontos.