Estudo revela que a síndrome do coração partido afeta mais mulheres, mas homens têm maior taxa de óbito.; Reprodução: Globo
A cardiomiopatia de Takotsubo, popularmente conhecida como síndrome do coração partido, apresenta um panorama alarmante, especialmente entre as mulheres, que são as mais afetadas. No entanto, um estudo recente da American Heart Association revela que os homens que enfrentam essa condição têm uma taxa de mortalidade significativamente maior.
O levantamento extenso, que abrangeu quase 200 mil adultos nos Estados Unidos entre 2016 e 2020, mostrou que a cardiomiopatia de Takotsubo é frequentemente desencadeada por eventos estressantes, como a perda de um ente querido ou experiências traumáticas. O resultado dessa condição é uma disfunção temporária do ventrículo esquerdo, que se traduz em um funcionamento inadequado do coração, simulando os sintomas de um infarto agudo, embora sem bloqueios arteriais.
Os dados são reveladores e mostram que, ao longo do período de cinco anos, a taxa de mortalidade permaneceu estável em torno de 6,5%. Quando analisamos por gênero, a taxa de óbito entre os homens foi de 11,2%, enquanto entre as mulheres, essa taxa foi de 5,5%. As complicações mais frequentemente observadas incluem insuficiência cardíaca congestiva, fibrilação atrial, choque cardiogênico, acidente vascular cerebral e parada cardíaca.
A maior incidência da síndrome ocorre em indivíduos acima de 61 anos, mas é importante notar que a faixa etária entre 46 e 60 anos apresenta um risco elevado, com taxas entre 2,6 e 3,25 vezes maiores comparadas àquelas da população entre 31 e 45 anos.
A maioria dos afetados pela síndrome do coração partido consegue se recuperar em poucas semanas, mas o seguimento médico é fundamental para evitar complicações futuras e a repetição do quadro, que tem um baixo risco mas requer atenção.
O estudo da American Heart Association é significativo por destacar uma condição que, embora tenha sintomas semelhantes a um infarto, possui causas e consequências próprias. Com um panorama claro sobre a taxa de mortalidade e as complicações, o conhecimento se torna uma ferramenta importante na prevenção e tratamento da síndrome do coração partido.