Klara Castanho celebra vitória judicial contra Antonia Fontenelle por danos morais. Reprodução: Terra
A atriz Klara Castanho obteve uma vitória judicial significativa ao vencer o processo contra a influenciadora Antonia Fontenelle, que agora está obrigada a pagar uma indenização de R$ 50 mil por danos morais.<\/p>
A 6ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro manteve a condenação de Fontenelle, que também deverá arcar com uma multa de R$ 1,6 milhão devido ao descumprimento de uma ordem judicial. Essa penalidade está ligada à não remoção de uma postagem ofensiva, mesmo após a determinação para que fosse retirada.<\/p>
O caso teve início em 2022, quando, durante uma transmissão ao vivo, Fontenelle expôs publicamente a história de violência sexual vivida por Klara Castanho. O relato, que envolvia um estupro, uma gravidez e a entrega do bebê para adoção, era uma questão muito íntima da atriz e não deveria ter sido exposta sem seu consentimento. A repercussão negativa nas redes sociais fizeram Klara ser alvo de ataques, intensificando seu sofrimento.<\/p>
Em sua defesa, Fontenelle alegou que suas declarações se basearam em um fato que já era do domínio público e que não mencionou o nome da atriz. Contudo, o tribunal entendeu que a natureza da transmissão foi clara o suficiente para que os internautas identificassem Klara, justificando assim a decisão contra a influenciadora. A Justiça considerou que houve um abuso da liberdade de expressão, visto que a comunicadora utilizou um discurso que resultou na exposição inadequada e em danos morais à atriz.<\/p>
Apesar das solicitações da imprensa, Antonia Fontenelle não fez declarações acerca da decisão. Por sua vez, a equipe de Klara Castanho decidiu não comentar o desfecho do caso. A decisão da atriz em manter a discrição reflete seu desejo de proteger não apenas sua privacidade, mas também sua saúde emocional durante este período delicado.<\/p>
A decisão do Tribunal destaca os limites legais da liberdade de expressão, especialmente em casos que envolvem direitos fundamentais, como a dignidade e a integridade psíquica de vítimas de violência. Esse caso ressalta a responsabilidade das personalidades públicas no uso das redes sociais ao abordar temas sensíveis, evidenciando a necessidade de um cuidado especial para evitar a exposição indevida de informações delicadas.<\/p>