Celso Bellini, conselheiro vitalício do Palmeiras, foi afastado do cargo após o Conselho Deliberativo do clube aprovar sua suspensão. A decisão ocorreu em uma reunião na noite de segunda-feira, 2 de junho de 2025, e seguiu uma denúncia de assédio sexual feita contra Bellini por associadas menores de idade.
O resultado da votação foi expressivo, com 186 votos a favor da suspensão e apenas nove contra. Em resposta ao ocorrido, o Palmeiras já havia implementado uma suspensão de 90 dias para Bellini em dezembro do ano anterior, ao mesmo tempo em que instaurou uma sindicância para investigar as alegações.
A denúncia apresentada na Ouvidoria do Palmeiras envolveu Celso Bellini abordando um grupo de cinco meninas e dois meninos dentro de um elevador da sede social do clube. Segundo consta, o conselheiro fez comentários sugestivos, insinuando que as garotas poderiam "fazer uma brincadeirinha".
Apesar da gravidade das acusações, o inquérito policial conduzido pelo Ministério Público foi arquivado no início deste ano. A promotora responsável pelo caso declarou que, embora a conduta de Bellini fosse considerada imprópria, ela não configurava crime de dignidade sexual, já que não houve toque físico nas vítimas.
No entanto, a sindicância interna do Palmeiras prosseguiu, avaliando as ações de Bellini conforme o Estatuto Social do clube. Ele foi considerado passível de infrações descritas no artigo 33, inciso V, que penaliza comportamentos que atentem contra o decoro ou provoquem ofensas morais. Além disso, o relatório ressaltou a inobservância dos deveres e obrigações previstas no artigo 32, incisos IV e VIII, que tratam de comportamentos adequados e respeito ao convívio social.
A comissão de sindicância, que ouviu depoimentos ao longo dos últimos meses, concluiu que Bellini deve ser proibido de frequentar a sede social do Palmeiras por um período de um ano, uma medida que reflete a seriedade das acusações e a postura do clube em defesa de um ambiente seguro e respeitoso para todos os associados.