Fãs comemoram a conquista de Taylor Swift ao recuperar seus master recordings. Reprodução: Business Insider
Taylor Swift fez história ao recuperar os direitos de suas gravações originais, uma conquista celebrada com fervor por seus fãs, os chamados Swifties. Após um processo de regravação que durou anos, a artista anunciou que recomprou suas masters por um valor estimado em 360 milhões de dólares. A movimentação ressalta o poder do apoio dos fãs e as estratégias de marketing eficazes no setor musical.
A emoção tomou conta de Tori Cummins, uma das fãs de 32 anos que declarou ter gasto cerca de 700 dólares em vinis e produtos relacionados à artista. "Tudo o que pensei foi: 'eu continuarei gastando dinheiro nessa mulher'", contou Tori, ressaltando a identificação que muitos sentem com o sucesso de Swift. Esse sentimento de pertencimento é comum entre os fãs, que se uniram para apoiar Taylor ao longo de sua jornada de regravação.
Allie Buckman, uma Swiftie de 19 anos do Kentucky, também compartilhou seus pensamentos sobre a vitória de Swift. "É incrível pensar que nós apoiamos ela durante toda essa jornada de regravação". Desde 2019, os fãs se abstiveram de ouvir as versões originais das músicas, em sinal de apoio, evitando enriquecer o ex-gestor da artista, Scooter Braun, e a Shamrock Holdings, da qual Swift comprou os direitos.
De acordo com Crystal Haryanto, que leciona um curso sobre Swift na UC Berkeley, a carta que a artista escreveu aos fãs vai muito além de um agradecimento. Ela comenta que o tom colaborativo da mensagem faz os fãs se sentirem parte integrante do sucesso, humanizando a relação fan-artista. "Tal abordagem é benéfica para as vendas de álbuns futuros", afirma a especialista.
Para muitos fãs, como Kerry Weber, o investimento em produtos da artista não é visto como gasto, mas como uma troca valiosa. "Eu obtive algo em troca", disse Kerry, que estima ter gasto milhares de dólares em uma viagem para assistir a Eras Tour em Londres. "Se esse dinheiro ajudou a comprar de volta as masters dela, acho sensacional".
Larissa Miles, uma Swiftie de 26 anos, expressou seu contentamento por saber que o dinheiro gasto em concertos poderia impactar o futuro da indústria musical. "É gratificante saber que minha contribuição poderia mudar as coisas para outros artistas no futuro", disse. Essa relação próxima entre Swift e seus fãs é um dos pilares de sua estratégia de marketing.
Além de reafirmar o poder do fã, o movimento de Swift coincide com um debate mais amplo sobre consumo consciente. Enquanto muitos americanos se distanciam de empresas cujas políticas não condizem com seus valores, os Swifties sentem que suas escolhas fazem a diferença, mesmo em um contexto tão específico como o da música pop. "Mostra que boicotar e apoiar causas que importam realmente faz diferença", conclui Brittany Michalski, uma fã de 36 anos. O sucesso de Swift não apenas representa uma vitória para seus fãs, mas para toda uma geração de artistas que podem se inspirar em sua trajetória.
Você é um Swiftie com uma história para contar? Entre em contato com este repórter pelo email: jkaplan@businessinsider.com.