Um novo desdobramento no desaparecimento do empresário Nelson Carreira Filho, de 43 anos, ocorreu após um suspeito revelar detalhes sobre a localização do corpo. Ele foi preso em Uberlândia, Minas Gerais, e participou de buscas no Rio Grande, em Miguelópolis, na sexta-feira (6). As operações, no entanto, não resultaram na localização do corpo.
Carreira Filho desapareceu após uma viagem de São Paulo para Cravinhos, onde tinha uma reunião de negócios. As autoridades acreditam que ele foi assassinado na fábrica de suplementos de Marlon Couto Paula Junior, devido a desavenças relacionadas ao uso de uma marca de emagrecedor.
O suspeito, identificado apenas como Felipe e amigo de Marlon, confessou à Polícia Civil que foi buscar pessoalmente o corpo do empresário após seu assassinato em Cravinhos. Segundo Felipe, a ordem para descartar o corpo no rio partiu de Marlon. Ele foi chamado por Marlon, que pediu sua ajuda na ocultação do crime.
O delegado Heitor Assis relatou: "Ele veio até Cravinhos e de lá pegou o carro onde estava o corpo e trouxe até aqui". Felipe, após ser detido, participou das buscas com a equipe do Corpo de Bombeiros, mas até o fechamento desta reportagem nada foi encontrado, embora um local específico tivesse sido indicado por ele.
Os bombeiros enfrentaram dificuldades nas operações devido à presença excessiva de aguapés na área das buscas. Enquanto isso, as investigações continuam, e outras duas pessoas foram detidas temporariamente após se apresentarem à polícia. Entre os suspeitos está Tadeu Almeida Silva, gerente da fábrica de suplementos, suspeito de ajudar Marlon a encobrir o crime.
A esposa de Marlon, Marcela Silva de Almeida, também foi mencionada. Ela acompanhou o marido até São Paulo no dia seguinte ao desaparecimento de Carreira Filho, alegando prestar apoio à família da vítima. O advogado de Marlon afirma que ele não se entregou por estar sendo ameaçado, incluindo tentativas de invasão em sua residência.
Os detalhes do crime continuam a emergir. Segundo o delegado, Felipe afirmou que atuou sozinho ao descartar o corpo no Rio Grande. Ele revelou que transportou o corpo, que estava enrolado em lonas e pesado com uma barra de ferro, utilizando um jet ski, após escurecer. "Ele declarou que foi até o rancho e jogou o corpo no rio, sem Marlon estar presente", detalhou o delegado Assis.
A versão de Felipe é que sua intenção era apenas ajudar a transportar o corpo, porém, sua participação está sendo investigada com seriedade sob a acusação de homicídio. As investigações em andamento prometem trazer mais revelações sobre este caso misterioso, que envolve interesses comerciais e violência.