Em um recente post em seu blog, Sam Altman, CEO da OpenAI, revelou que cada consulta ao ChatGPT consome apenas uma fração da energia que muitos imaginam, sendo equivalente à energia necessária para manter uma lâmpada acesa por alguns minutos. Segundo Altman, a energia utilizada para uma média de consultas ao ChatGPT é de cerca de 0,34 watt-horas, o que corresponde ao consumo de um forno por mais de um segundo ou à eletricidade gasta por uma lâmpada de alta eficiência em poucos minutos.
Além disso, ele destacou que cada consulta consome também aproximadamente 0.000085 galões de água, o que equivale a uma colher de chá. "As pessoas costumam questionar quanto de energia uma consulta ao ChatGPT utiliza; isso nos dá uma nova perspectiva sobre o consumo de recursos por ferramentas de inteligência artificial", afirmou.
Altman também fez previsões ousadas sobre o futuro da energia na próxima década. Ele acredita que a energia se tornará "extremamente abundante" a partir dos anos 2030. Em sua análise, ele ressaltou que as limitações na produção de energia e da inteligência humana têm sido fatores que restringem o progresso humano ao longo da história. "À medida que a produção em data centers se automatiza, o custo da inteligência deve eventualmente se aproximar do custo da eletricidade", afirmou.
Essa não é a primeira vez que o CEO da OpenAI comenta sobre a redução dos custos associados ao uso da IA. Em fevereiro, Altman já havia expresso as expectativas de que os custos de uso da IA diminuam em até dez vezes anualmente. Ele apresentou evidências do comportamento desse mercado com a comparação da queda de preços por token do modelo GPT-4 para o GPT-4o, onde o custo por token caiu cerca de 150 vezes nos últimos meses.
As preocupações sobre o fornecimento de energia para alimentar a crescente demanda das tecnologias de IA têm levado empresas do setor a considerar fontes de energia nuclear. Em setembro, a Microsoft firmou um contrato de 20 anos com a Constellation Energy para reativar uma usina nuclear inativa na região de Three Mile Island. Em outubro, o Google também anunciou um acordo com a Kairos Power, que envolve a construção de três pequenos reatores nucleares modulares, os quais vão fornecer até 500 megawatts de eletricidade, a serem concluídos até 2035.
O CEO do Google, Sundar Pichai, disse em uma entrevista à Nikkei Asia que a empresa está determinada a atingir zero emissões em suas operações até 2030. Ele também mencionou que, além da energia nuclear, a empresa está explorando a energia solar, reforçando a ambição de tornar suas operações mais sustentáveis: "É uma meta muito ambiciosa, e continuaremos trabalhando de maneira diligente para alcançá-la. Obviamente, o crescimento dos investimentos em IA tem ampliado a escala da tarefa necessária", concluiu Pichai.