Queda nas ações da Lockheed Martin após redução de pedidos
As ações da Lockheed Martin despencaram até 7% após a divulgação de que o Pentágono pretende reduzir pela metade o número de caças F-35 solicitados para a Força Aérea dos EUA. O pedido de compra foi revisado de 48 para apenas 24 unidades, conforme noticiado pelo Bloomberg, que teve acesso a um documento de aquisição enviado ao Congresso.
Após a perda inicial, as ações da Lockheed Martin se estabilizaram a $456, encerrando o dia com uma queda de 4,2% em relação ao fechamento anterior, que foi de $476.
Prioridades orçamentárias do Pentágono em mudança
A decisão do Departamento de Defesa também envolve a solicitação de 12 F-35 para a Marinha e 11 para o Corpo de Fuzileiros Navais, números que caíram de projetos anteriores de 17 e 13 caças, respectivamente. Embora esta solicitação não seja definitiva, ela pode sinalizar uma mudança nas prioridades do orçamento militar sob a administração de Trump.
Reações e possíveis impactos legislativos
A Lockheed Martin não se manifestou diretamente sobre a redução dos pedidos, mas um porta-voz declarou que o F-35 “é comprovadamente eficaz em combate e oferece a tecnologia mais avançada”. Ele acrescentou que a empresa continuará a trabalhar próximo à Administração e ao Congresso para entregar essa capacidade crucial enquanto o processo orçamentário avança.
É importante notar que o Congresso poderá alterar o pedido reduzido, já que atualmente está em processo de deliberação sobre o financiamento da defesa para o ano fiscal de 2025, que termina em 30 de setembro. Anteriormente, quando a Força Aérea solicitou 48 F-35, o Congresso disponibilizou fundos para 51 unidades, mostrando disposição para apoiar o programa além dos pedidos do Pentágono.
Custos e críticas ao programa F-35
As recentes críticas ao programa F-35 aumentaram, particularmente de figuras próximas à administração Trump. Por exemplo, a comentarista Laura Loomer descreveu o programa como um “escândalo que vem drenando silenciosamente os recursos da nossa nação”. Além disso, o deputado republicano da Flórida, Matt Gaetz, se manifestou no X, chamando o programa de caças de um "desastre de $1,7 trilhões".
Futuro dos caças e drones
Apesar das críticas, o Exército dos EUA continua a enfatizar a necessidade de integrar caças tripulados e drones, ao invés de substituir os primeiros. A Força Aérea tem como prioridade a combinação de caças tripulados com drones auxiliares, especialmente para o F-47, seu futuro caça de domínio aéreo. Embora a Lockheed tenha perdido a concorrência para produzir esse novo caça, seu CEO, Jim Taiclet, afirmou que a empresa planeja usar as inovações desenvolvidas durante o processo para aprimorar o F-35. As melhorias visam automatizar o caça de sexta geração, proporcionando a maioria das capacidades do F-47 a um custo reduzido.