A situação no Oriente Médio se intensifica com o deslocamento de dois bombardeiros furtivos B-2, que partiram da Base Aérea de Whiteman, no Missouri, para a Base Naval de Guam, no Oceano Pacífico. Essa ação ocorre em meio a um aumento das tensões entre Irã e Israel, destacando a importância estratégica da base americana na região.
A Base Naval de Guam, a aproximadamente 11 mil quilômetros do Irã, é considerada um ponto crucial para operações militares, servindo tanto como centro logístico quanto como um possível ponto de lançamento de ataques. Especialistas afirmam que, a partir de Guam, os EUA podem facilmente realizar missões sobre o Irã com reabastecimento aéreos, a exemplo de operações históricas nos conflitos do Golfo.
Os bombardeiros B-2 são os únicos capazes de transportar as bombas de 14 toneladas, conhecidas como bunker busters, que podem destruir fortalezas subterrâneas como a instalação nuclear de Fordow, vital para o programa nuclear iraniano. Essa ação militar é considerada pelo presidente Donald Trump como uma possibilidade real dentro de duas semanas, à medida que os EUA avaliam se devem se unir à crescente campanha de bombardeio de Israel contra alvos iranianos.
A crescente presença militar dos EUA na região é complementada pelo envio de cerca de 30 aeronaves de reabastecimento e pelo deslocamento do porta-aviões USS Gerald R. Ford para o leste do Mar Mediterrâneo. Este porta-aviões, que transporta até 90 aeronaves e tem capacidade para 4.600 militares, se juntará a outras importantes embarcações de guerra na área, o que ressalta a força e o alcance das operações americanas.
A instalação nuclear de Fordow, localizada em uma montanha perto de Qom, é considerada a mais protegida do Irã, tornando qualquer ataque militar uma tarefa complexa. A estrutura, projetada para resistir a bombardeios, foi revelada ao mundo em 2009 e atualmente abriga cerca de 3.000 centrífugas para enriquecimento de urânio, com avanços significativos em sua tecnologia.
O Ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, afirmou que os ataques israelenses têm como objetivo atrasar o programa nuclear iraniano, que consideram uma ameaça à segurança. O Irã, por outro lado, continua a assegurar que seu programa tem finalidades pacíficas. Com a escalada crescente dos conflitos, a situação se torna um ponto de atenção para a comunidade internacional.