O painel intitulado 'Páginas na tela - Novelas', realizado na Bienal do Livro 2025, no Rio de Janeiro, atraiu grande público, incluindo fãs anônimos e personalidades como Klébber Toledo e Camila Queiroz. Facilmente identificado como um dos destaques do evento, o painel contou com a presença de renomados autores da teledramaturgia brasileira, que discutiram a interseção entre literatura e novelas.
Conduzido pela autora Rosane Svartman, o painel contou com a participação de autores consagrados como Walcyr Carrasco, Alessandra Poggi e Raphael Montes. Durante o encontro, eles compartilharam suas experiências e a importância da literatura na formação de suas narrativas. Carrasco, conhecido por suas obras como ‘Êta Mundo Bom’, comentou sobre sua paixão pelos livros e como isso moldou seu caminho profissional. "Sempre fui apaixonado pelos livros, por tudo, até os cheiros," afirmou Walcyr.
Alessandra Poggi, criadora de 'Garota do Momento', também relatou como sua formação literária influenciou sua carreira. "Cresci lendo muitos livros e a partir daí surgiu a vontade de criar minhas primeiras histórias," disse. Ela destacou que a oficina de autores da TV Globo foi um marco em sua trajetória. Montes, por sua vez, relembrou como sua paixão pelas novelas começou na infância, citando 'Cravo e a Rosa' como uma das inspirações que o levaram a falhar pela primeira vez na literatura.
Ao longo do painel, os autores compartilharam detalhes sobre seus processos criativos e suas conexões com clássicos da literatura. Carrasco fez uma reflexão interessante sobre os personagens de suas obras. "Os personagens para mim são pessoas que eu conheço. Às vezes eu penso a protagonista, Aninha, de 'Chocolate com Pimenta', e me pergunto como ela estará hoje," revelou ele, enfatizando a proximidade que sente ao desenvolver histórias e seus personagens.
A presença de figuras ilustres no evento exemplifica o quanto a literatura e a teledramaturgia estão interligadas, e como essa conexão continua a prosperar nas novas narrativas que chegam às telas. O painel, de fato, foi um espaço para reflexão sobre as raízes literárias que alimentam as novelas que hoje atraem milhões de espectadores na televisão brasileira.