O recente lançamento do filme "Homem com H", que retrata a vida de Ney Matogrosso, provocou uma nova onda de debate nas redes sociais sobre o icônico cantor brasileiro Cazuza. Com suas atitudes controversas retratadas na produção, jovens internautas têm criticado Cazuza, rotulando-o como um "playboy mimado". Entretanto, sua relevância na história da música brasileira, especialmente no rock dos anos 80, é defendida por muitos que reconhecem a importância de sua arte.
Há trinta anos desde sua morte, Cazuza mais uma vez ocupa o centro das discussões virtuais, agora impulsionado pelo documentário que destaca sua relação com Ney Matogrosso. Dirigido por Esmir Filho, o filme traz à tona aspectos muito pessoais da vida de Cazuza, incluindo a batalha contra o vício em álcool e drogas. Essas revelações foram combustível para uma enxurrada de memes e críticas entre os jovens espectadores, que reagem de forma contundente.
Nas plataformas digitais, é comum encontrar comentários como o de um usuário que disse: "Eu nunca fui fã do Cazuza, mas agora entendo por que as pessoas o veem de forma tão polarizada". Outro internauta expressou: "Cazuza era um playboy chato, mas com uma sensibilidade poética inegável". Tais reflexões ilustram a dualidade enfrentada por muitos ao revisitar a figura do cantor, famoso não apenas por seu talento, mas também por seu comportamento excêntrico.
Por outro lado, defensores de Cazuza não hesitam em reagir às críticas, afirmando que a nova geração parece se apressar em julgar sem compreender a profundidade da obra do artista. "Desde quando é moda criticar o Cazuza? A nova geração precisa entender que seu legado é muito maior do que um filme pode mostrar", compartilhou uma fã, enfatizando que a arte de Cazuza atravessou décadas e continua ressoando.
Cazuza, que faleceu em 1990 devido a complicações relacionadas ao HIV, permanece como uma figura essencial na música brasileira. Sua última apresentação, marcada pelo show "O Tempo Não Pára", dirigido por Ney Matogrosso, simboliza o fechamento de uma trajetória artística rica e intensa. Caminhando na linha entre a genialidade e a controvérsia, Cazuza prova que continua a ser uma presença poderosa no cenário musical, mesmo após sua morte.
A dicotomia gerada pelas reações contemporâneas a sua vida e obra evidencia a batalha que ele sempre travou, entre o reconhecimento e a crítica, fazendo com que seu legado torne-se ainda mais relevante nos dias atuais.