Camilo Santana se posiciona contra cortes na educação
O ministro da Educação, Camilo Santana, expressou forte resistência à proposição de cortes nos recursos da educação, enfatizando a relevância do equilíbrio fiscal. No entanto, ele criticou a proposta de diminuição do Fundeb, sugerida como parte das alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Defesa de Programas Educacionais
Durante uma entrevista à Folha de São Paulo, Santana, que foi gestor na área, ressaltou a defesa da universalização de programas educacionais, como o Pé-de-Meia. Ele destacou a sua oposição a qualquer corte, afirmando que para o governo atender as demandas sociais é imprescindível manter os investimentos.
Equilíbrio fiscal vs. investimentos sociais
"Sou terminantemente contra qualquer corte em educação. Porém, reconheço que para fazer investimentos é necessário ter equilíbrio fiscal. Precisamos de um debate mais profundo sobre isso", afirmou o ministro. Santana mencionou que o governo poderia ter adotado uma abordagem mais gradual em relação ao déficit fiscal, sugerindo que uma transição seria mais apropriada e solicitando reformas significativas.
Intenções com o Pé-de-Meia e popularidade do governo
Sobre o Pé-de-Meia, principal programa da educação, ele declarou que tanto ele quanto o presidente Lula têm a intenção de torná-lo universal, embora reconheça limitações orçamentárias que permeiam seu avanço.
Comparações com a gestão Bolsonaro
Quando questionado sobre a popularidade do governo, Santana comparou a administração atual com a do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele disse: "Quando começarmos a debater, vamos comparar. A reeleição se torna um plebiscito. Vamos confrontar os quatro anos de Bolsonaro com os de Lula. Os números estão lá: inflação melhor, pleno emprego, redução da desigualdade e aumento da renda média."
Oposição à redução do Fundeb
Outra crítica de Santana foi em relação à proposta de redução do Fundeb, que é fundamental para financiar a educação básica, proveniente de impostos estaduais e municipais. "Eu me posiciono totalmente contra. O investimento por aluno no ensino superior é comparável ao dos países desenvolvidos, mas no ensino básico, ainda é muito inferior. Portanto, precisamos aumentar esse investimento e melhorar a governança".