O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) está prestes a aprovar um aumento significativo na mistura de etanol na gasolina, passando de 27,5% para 30%. Essa mudança, com previsão de ser aprovada nesta quarta-feira, tem como objetivo principal a redução do preço do combustível, estima-se uma diminuição de até R$ 0,13 por litro, e também a diminuição das emissões de poluentes, apoiando um desenvolvimento econômico mais sustentável.
De acordo com a análise do Ministério de Minas e Energia, a nova porcentagem de etanol poderá reduzir a dependência do Brasil de importações de combustíveis fósseis, promovendo o uso de combustíveis renováveis produzidos localmente. Além disso, a mudança almeja um estímulo ao setor econômico, uma vez que representa um aumento de até 1,5 bilhão de litros na demanda por etanol, gerando um investimento estimado de R$ 9 bilhões no setor.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou durante as discussões que essa transição não apenas mitigaria a inflação, mas também ajudaria a evitar a importação de até 760 milhões de litros de gasolina por ano. O CNPE, presidido pelo mesmo ministro, funciona como órgão consultivo da Presidência para a formulação de políticas energéticas.
Recentemente, testes realizados pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) corroboraram a viabilidade técnica da nova mistura, sendo acompanhados por entidades reconhecidas da indústria automotiva, como Anfavea e Abraciclo. A legislação atual já permite a ampliação do etanol na gasolina para até 35%, desde que a viabilidade técnica seja comprovada, o que abre novas possibilidades para o mercado.
Essa iniciativa se alinha às estratégias do governo para promover fontes de energia mais limpa e sustentável. As implicações desse aumento na mistura de etanol podem ser significativas para a economia nacional e para os esforços do Brasil em reduzir sua pegada de carbono.