O volante Bobadilla, do São Paulo, recebeu punição da Conmebol após declarações xenofóbicas feitas durante uma partida da Libertadores contra o Talleres, realizada em maio. A entidade do futebol sul-americano considerou os comentários do jogador ofensivos, resultando em uma multa de 15 mil dólares, aproximadamente R$ 84 mil.
No jogo, Bobadilla se referiu a Miguel Navarro, jogador do Talleres, chamando-o de "venezuelano morto de fome", o que levou a Conmebol a agir contra o atleta. Além da multa, o volante foi advertido e alertado de que, caso reocorra qualquer infração similar, enfrentará avaliações mais rigorosas por parte da Unidade Disciplinar da entidade.
As punições decididas pela Conmebol serão descontadas automaticamente dos direitos de imagem e patrocínios do clube. O jogador, que também enfrenta um processo na Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE) por injúria racial, se vê diante de um inquérito policial em fase final. O delegado responsável pelo caso comentou sobre a possibilidade de uma ação penal contra Bobadilla, que, conforme informado, seguirá para o poder judiciário e o Ministério Público após a conclusão das investigações.
O caso não apenas expõe a necessidade de maior responsabilidade no futebol, mas também destaca as consequências que comportamentos xenofóbicos podem trazer, tanto a nível profissional quanto pessoal para os envolvidos.
Bobadilla, que é paraguaio, enfrenta repercussões em sua carreira e será monitorado por futuras infrações caso ocorram. O incidente revela um desafio contínuo para o esporte em lidar e erradicar a intolerância e o preconceito dentro e fora de campo.