O presidente americano, Donald Trump, desempenha um papel fundamental para garantir a continuidade do cessar-fogo recente entre Irã e Israel, que já apresenta sinalizações de instabilidade desde seu anúncio na última segunda-feira. Apesar das hostilidades iniciais entre os países, a manutenção dessa trégua é benéfica para todos os envolvidos no conflito.
A eficácia das ações de Trump se torna evidente, especialmente após os ataques que atingiram o programa nuclear iraniano e limitaram significativamente sua capacidade militar. A decisão do presidente dos Estados Unidos de levar a cabo esses bombardeios, mesmo que impopulares entre alguns aliados, tem potencial de ser um divisor de águas para o Oriente Médio, oferecendo uma nova perspectiva sobre a segurança na região.
Embora o Irã possa ser visto como derrotado nas recentes escaladas do conflito, o país ainda busca maneiras de retaliar contra os EUA. O ataque à base militar americana no Catar mostra que, apesar das perdas, a retaliação permanece um dos objetivos da República Islâmica. Entretanto, o Estado persa enfrenta um grande desafio: o mesmo Hamas que criaram como aliado em 7 de outubro de 2023, agora está em processo de destruição, enquanto outros grupos como o Hezbollah e a rede de Bashar al-Assad na Síria também perderam considerável poder e influência.
As operações de Israel reduziram as capacidades de defesa do Irã, levando a um cenário de vulnerabilidade que nunca foi tão evidente. Com o suporte de nações como Rússia e China em declínio, a situação de um Irã nuclear tornou-se menos ameaçadora do que no passado. Os principais centros nucleares já enfrentam severos danos, e o que antes parecia uma corrida iminente para a bomba atômica passou a ser um objetivo distante para os líderes iranianos.
A preocupação pela proliferação nuclear torna-se, assim, uma questão de segurança central. Trump, sem dúvida, busca evitar uma guerra prolongada, sabendo que a ala isolacionista de seu partido se opõe a intervenções militares diretas e que um conflito aberto poderia exacerbar a inflação global, especialmente com o Irã possivelmente restringindo o acesso ao Golfo Pérsico.
Conquanto todos os lados do conflito reconheçam a necessidade de um cessar-fogo para evitar uma escalada de hostilidades, o início deste acordo apresenta desafios substanciais. Cabe a Donald Trump engajar sua habilidade de persuasão para assegurar que essa trégua não só resista, mas que possa eventualmente abrir caminho para um acordo mais duradouro entre as nações envolvidas.