A Estrategia de Trump em Meio ao Caos no Oriente Médio
No dia 17 de junho, a situação na Ucrânia se complicou quando a Rússia lançou um devastador ataque aéreo em Kiev, resultando em 30 mortes e quase 200 feridos, uma das maiores ofensivas desde o início da guerra. O presidente dos EUA, Donald Trump, estava em uma viagem de volta a Washington quando um repórter lhe questionou sobre o ataque, e sua resposta surpreendeu: "Quando foi isso? Agora mesmo? Parece que sim. Vou ter que dar uma olhada." Isso exemplifica a desconexão de Trump com a gravidade do que estava acontecendo na Ucrânia.
O Desinteresse de Trump pela Ucrânia
Enquanto o Oriente Médio ardia em um novo conflito entre Irã e Israel, Trump mostrava pouco interesse pela guerra na Ucrânia. Durante a reunião do G7, enquanto aguardava para retornar aos EUA, ele deixou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sem um encontro previsto. O ex-chanceler ucraniano, Dmytro Kuleba, expressou um desencanto com a situação, afirmando: "Acredito que ele não se importe com nenhum país do mundo, exceto os Estados Unidos." Essa relação tensa reflete a percepção de que a Ucrânia foi deixada de lado em favor de novos interesses geopolíticos.
A Intervenção Americana no Conflito do Oriente Médio
Trump não hesitou em se envolver no crescente conflito entre Irã e Israel, levando a uma série de ataques a instalações nucleares iranianas. No entanto, mesmo enquanto se proclamava um pacificador, a sua atenção estava voltada para ganhar pontos políticos. Por exemplo, Trump impôs um cessar-fogo cujos termos permaneceram obscuros, sem dedicar nenhuma atenção à crise contínua na Ucrânia, onde novos ataques russos ceifaram 17 vidas.
Reunião da Otan: Oportunidade para Trump
Trump agora se preparava para a reunião da Otan em Haia, onde esperava sair com uma vitória política. A proposta que ele trouxe à mesa incluía um aumento de gastos militares dos membros da aliança de 2% para 5% do PIB, um desejo antigo do republican. Embora a elevação represente um avanço, a forma como os membros da Otan abordarão a questão permanece incerta, com algumas nações, como a Espanha, já demonstrando resistência.
A Resposta da Rússia
O Kremlin respondeu às manobras de Trump, afirmando que o aumento dos gastos da OTAN estava alinhado a uma campanha ocidental para "demonizar a Rússia". A disparidade na abordagem entre os EUA e seus aliados evidencia a dificuldade em alinhar posturas contra Moscou, especialmente com Trump no comando.
A Situação na Ucrânia Também se Complica
Em meio a toda a distração, a situação na Ucrânia continuava a deteriorar. A Rússia persistia em suas ofensivas, atacando diversas regiões e deixando um rastro de destruição que não se via no horizonte de uma solução pacífica. Putin, em um discurso, destacou sua visão expansionista: "Já disse muitas vezes que considero os povos russo e ucraniano uma só nação. Nesse sentido, toda a Ucrânia é nossa."
Conclusão: O Futuro da Diplomacia Internacional
Enquanto a tensão entre Irã e Israel proporciona um novo ângulo para a diplomacia de Trump e a desvirtua narrativa sobre a Ucrânia, resta saber como a situação se desenrolará nas próximas semanas. Os líderes da Otan deverão navegar pelas complexidades de uma aliança dividida, enquanto a Ucrânia permanece em uma luta desesperada por reconhecimento e apoio diante de uma invasão em curso.