O atacante Jonathan Cafu, atualmente no Botafogo-SP, está processando o Corinthians na Justiça do Trabalho exigindo R$ 2,5 milhões. O pedido se refere a parcelas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) que não foram pagas durante seu contrato com o clube, que ocorreu entre 2020 e 2023, além de multas relacionadas.
A importância cobrada se torna ainda mais significativa ao se considerar que o atleta atuou em apenas três partidas pelo Timão, embora tenha permanecido vinculado ao clube por 37 meses. A maior parte desse período ele esteve emprestado ao Cuiabá.
O juiz Eduardo Rockenbach Pires designou uma audiência entre as partes para o dia 24 de setembro, onde tanto Cafu quanto representantes do Corinthians poderão apresentar seus argumentos. Este tipo de ação não é incomum, já que muitos jogadores que deixaram o clube também iniciaram processos judiciais em busca de valores a receber.
Recentemente, por exemplo, o atacante Everaldo moveu ação semelhante contra o Corinthians, e outras cobranças judiciais foram agrupadas no Regime Centralizado de Execuções (RCE). No entanto, a situação de Jonathan Cafu é distinta, uma vez que sua demanda tramita exclusivamente na Justiça do Trabalho, não fazendo parte do RCE.
A expectativa de desfecho deste caso e de outros similares leva à reflexão sobre a gestão financeira do Corinthians e sua capacidade de resolver as pendências com ex-atletas.
Essa situação ressalta um problema recorrente no futebol brasileiro, onde contratos e verbas, como o FGTS, muitas vezes ficam pendentes ou não são cumpridos. A audiência de setembro poderá ser um passo importante para definir os rumos dessa e de outras cobranças que envolvem o clube e seus ex-jogadores.