Rafael Paixão busca voltar ao Brasil após ferimentos na Ucrânia
Rafael Paixão, 29 anos, natural do Maranhão, se voluntariou como soldado na guerra da Ucrânia e sofreu ferimentos graves após pisar em uma mina terrestre. A família do combatente se esforça para trazê-lo de volta ao Brasil, um desejo declarado pelo próprio Rafael, que planejava retornar antes mesmo do acidente.
Desafios enfrentados pela família para a repatriação
A repatriação de Rafael está sendo dificultada por questões burocráticas em uma base militar na Ucrânia. A mãe de Rafael, Neila Paixão, relatou que ele ficou incomunicável por mais de 20 dias, o que gerou boatos sobre sua morte. A boa notícia veio com uma ligação dele, desmentindo os rumores e informando sobre sua situação em um hospital militar em Kiev, onde passou por cirurgia após o incidente.
Processo de assistência do governo brasileiro
A mãe de Rafael entrou em contato com o Itamaraty em busca de apoio, mas ainda não houve um encaminhamento oficial para a repatriação. Neila mencionou que existe a possibilidade de ajuda do governo brasileiro, mas aguarda orientações mais concretas. "Estamos contando com o apoio de alguns militares que estão lá com ele", declarou.
O histórico de Rafael antes do alistamento
Na época em que se alistou, Rafael estudava Direito em uma faculdade particular em Imperatriz. Depois de se mudar para a Holanda e enfrentar o fim de um relacionamento, ele decidiu se voluntariar no exército ucraniano e integrar o 3º Batalhão de Brigada de Assalto. Neila contou que a decisão de Rafael foi influenciada pelos colegas que conheceu na Europa.
Minas-borboleta e seu impacto na guerra
Rafael foi vítima de uma mina-borboleta, um tipo de mina terrestre com formato semelhante ao de uma helicóptero e que é proibida internacionalmente, devido ao perigo que representa para civis. Ferido, Rafael teve que percorrer cerca de nove quilômetros até conseguir ajuda médica. O impacto da guerra na vida dele exemplifica os horrores do conflito, que deixou milhares de mortos e milhões de refugiados.
Contexto da guerra na Ucrânia
A guerra na Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022 após a invasão da Rússia, já causou uma crise humanitária significativa, com apoio militar e financeiro vindo de países ocidentais. A situação continua crítica, e esforços diplomáticos falharam em resolver o conflito que, até o momento, gerou um grande número de vítimas e destruição.