Um novo olhar sobre a identidade
Lily Wu, uma profissional de compliance de 31 anos, nasceu nos Estados Unidos e cresceu em Boston, sendo filha de imigrantes chineses. Sua relação com a pergunta "De onde você é?" mudou drasticamente ao longo dos anos. Nascida em Ohio e tendo passado sua infância na China, ela se mudou para Hong Kong em sua juventude, onde atualmente diz: "Cresci nos EUA, mas sou etnicamente chinesa." Esta transformação de perspectiva reflete a busca de Wu por suas raízes enquanto vive em um país que inicialmente parecia tão distante.
Uma infância marcada pela cultura chinesa
Wu cresceu em uma comunidade chinesa em Boston, cercada por outros filhos de imigrantes. Em sua escola, a diversidade era a norma, mas mesmo assim, ela e seu irmão resistiram a falar Cantonês, preferindo se ajustar ao idioma inglês. Com o tempo, sua família se tornou falante da língua inglesa, levando Wu a refletir sobre sua relação com a cultura tradicional chinesa. Apesar de ter participado de aulas de língua e culturais, ela agora sente a necessidade de se reconectar com suas raízes, buscando não apenas dominar a língua, mas compreender o que mais vem junto dela.
A decisão de se mudar para Hong Kong
Depois de estudar Relações Internacionais e Economia na Universidade Tufts, Wu iniciou sua carreira na área financeira, mas seu desejo de explorar a cultura asiática a levou a solicitar uma transferência para Hong Kong. Com 23 anos e após uma infância em Boston, ele viu na cidade uma oportunidade de aventura. A transição foi suave, mas a realidade da experiência de um americano asiático na cidade era complexa. Apesar de se integrar facilmente, a sensação de ser vista como "gwei mui" a fez perceber que ainda precisava entender melhor a cultura local.
A experiência cultural no exterior
Após sua mudança, Wu começou a sentir um choque cultural reverso ao visitar os Estados Unidos. Enquanto a vida em Boston parecia organizada e tranquila, a experiência em Hong Kong lhe mostrou um mundo dinâmico, onde a eficiência e a inovação são muito mais presentes. Ela aprecia a paz dos EUA, mas a conexão que sente em Hong Kong começa a se assemelhar a um lar. Essa reflexão a levou a questionar como a sociedade americana a ensinou a admirar sua cultura, mas nunca a expôs à riqueza das outras ao redor do mundo.
Conexão com a identidade
A jornada de Lily Wu ilustra um caminho de questões sobre a identidade e a pertença tanto em sua vida pessoal quanto profissional. À medida que ela busca entender mais sobre a cultura chinesa, fica evidente que a conexão com suas raízes é essencial para seu crescimento e compreensão de si mesma. A trajetória de Wu é um lembrete poderoso de que a busca por entendimento cultural é uma jornada contínua, uma que muitos que vivem entre duas culturas podem relacionar-se.