A Netflix, em resposta a críticas de Donald Trump, reafirmou seu compromisso em produzir conteúdo nos Estados Unidos, destacando um investimento de $125 bilhões entre 2020 e 2024. A declaração foi feita durante o relatório de ganhos do segundo trimestre da plataforma, onde seus executivos enfatizaram o impacto positivo na economia norte-americana e planos para expansão com novas instalações de produção em Nova Jersey e Novo México.
Compromisso Significativo com a Produção nos EUA
Apesar das constantes reclamações de Trump sobre empresas da mídia que produzem fora do país, sua ira ainda não foi direcionada à Netflix. A empresa parece querer manter essa situação, utilizando seu relatório financeiro como uma oportunidade para ressaltar que a maior parte de seus gastos e infraestrutura de produção está concentrada nos Estados Unidos.
Durante o período mencionado, a Netflix estima que tenha contribuído com $125 bilhões para a economia dos EUA. O investimento em novas instalações, como quatro estúdios em Albuquerque e $1 bilhão para uma instalação de ponta em Fort Monmouth, ressalta a sua intenção de solidificar a produção interna.
Resplandecendo com o Contexto Político
A decisão da Netflix de enfatizar sua produção americana pode estar diretamente relacionada ao anúncio de Trump, que em maio prometeu aplicar um "tarifa de 100% sobre filmes produzidos no exterior". Embora um porta-voz da Netflix tenha se recusado a comentar sobre esse assunto específico, o tom do comunicado enviado aos acionistas é claro: o crescimento global da Netflix não diminui sua dedicação ao mercado americano.
No relatório anterior à declaração de Trump, a Netflix também mencionou seus investimentos nos EUA, mas de forma mais branda. Nessa ocasião, foi dito que a empresa também investe bilhões em produções internacionais, realizando shows e filmes locais em diversos países, atendendo às demandas dos membros locais.
Parcerias e Conexões na Indústria de Entretenimento
A companhia não é estranha a estratégias corporativas que tentam agradar o governo. Em maio, a Charter, gigante de cabo e banda larga, fez questão de ressaltar sua aquisição da Cox como uma ação pro-americana. Curiosamente, Ted Sarandos, co-CEO da Netflix, mencionou que teve um "agradável jantar longo" com Trump na propriedade de Mar-a-Lago, antes da segunda posse do ex-presidente. Durante o encontro, Sarandos revelou que Melania e Barron, filho de Trump, eram grandes fãs do serviço de streaming.
Implicações para o Futuro da Indústria de Entretenimento
O foco da Netflix na produção americana e suas tentativas de manter uma boa relação com figuras políticas proeminentes poderá moldar seu futuro na indústria do entretenimento. Com uma mistura de produção local e investimentos globais, a empresa parece estar se posicionando para se adaptar às mudanças no cenário político e nas demandas do consumidor, enquanto continua a expandir sua presença no mercado mundial.