A Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) contestou o Sport Club do Recife após a invasão de integrantes de uma torcida organizada ao centro de treinamento do clube. A situação ocorreu na tarde de quarta-feira, causando temor entre funcionários e atletas.
No evento, aproximadamente 50 torcedores invadiram o CT para protestar contra o desempenho do time, que ocupa a lanterna da Série A com 15 jogos sem vitórias. Durante a ação, os invasores ameaçaram e agrediram fisicamente os jogadores, com destaque para o atacante Pablo, que foi alvo de violência direta.
Após o ocorrido, o presidente do Conselho Deliberativo do Sport, Ademar Rigueira, criticou a PMPE, que inicialmente afirmou que a invasão ocorreu de forma pacífica. Rigueira desqualificou essa versão, enfatizando a ausência de qualquer intervenção policial antes ou durante o ataque. "A Polícia relatar que não houve atos de violência é absurdo", afirmou durante coletiva à imprensa, ressaltando que a polícia chegou após a invasão.
Em resposta, a PMPE emitiu uma nota destacando que não recebeu qualquer solicitação do clube para intervenção policial e afirmou que a segurança do CT é de responsabilidade exclusiva do Sport. Ademais, a PMPE lamentou o fato de torcedores terem sido permitidos dentro das instalações do clube, sugerindo que isso poderia ter sido evitado.
O Sport, por sua vez, alegou que ainda não foi registrado um boletim de ocorrência (B.O.) devido à coleta de imagens para identificação dos invasores. Em uma reunião marcada com o Ministério Público, o clube planeja solicitar a abertura de um inquérito para investigar o episódio.
Ainda conforme a nota da PMPE, a falta de um boletim de ocorrência registrado dificulta a adequada apuração de possíveis delitos. Estudos que mostram vídeos da invasão revelam os torcedores forçando um portão de entrada e danificando câmera de segurança do CT, evidenciando a intensidade da situação.
A Polícia Militar reafirma seu compromisso de manter a ordem pública e lamenta que diálogos sobre o controle da entrada de torcidas organizadas aos estádios não tenham sido suficientes para evitar conflitos como o ocorrido.
O clima de tensão é palpável, e o Sport classificou a invasão como um ato "absolutamente inaceitável", prometendo ações legais para responsabilizar os envolvidos e buscar soluções para evitar futuros incidentes. A insegurança no ambiente esportivo pernambucano gera um debate urgente sobre as medidas de segurança e o relacionamento entre clubes, torcidas e autoridades.
Vídeos que circularam nas redes sociais mostram o momento exato da tensão, revelando a pressão que os torcedores exerceram sobre os jogadores e a comissão técnica, aludindo a mudanças necessárias no elenco e criticando a diretoria do clube.