Em um movimento significativo para combater a desinformação online, o YouTube anunciou a remoção de quase 11 mil canais ligados a campanhas de propaganda estaduais, principalmente originários da China e da Rússia. A plataforma do Google tem se empenhado em eliminar conteúdos que visam influenciar a opinião pública em questões geopolíticas, utilizando contas falsas para ampliar suas mensagens.<\/p>
A ação foi divulgada no dia 21 de julho de 2025, e destaca o foco contínuo do YouTube em enfrentar a manipulação e as táticas maliciosas promovidas por governos estrangeiros. De acordo com o Threat Analysis Group (TAG) do Google, as contas e vídeos eliminados violavam as diretrizes da plataforma relacionadas a manipulação e comportamento coordenado.<\/p>
Segundo informações da CNBC, os canais removidos normalmente disseminavam conteúdos que refletiam os interesses dos governos que os financiaram, tentando moldar a percepção pública sobre temas políticos e eventos internacionais. As propagandas apoiavam narrativas que beneficiavam tanto as autoridades chinesas quanto russas, frequentemente desacreditando críticas e promovendo teorias da conspiração.
As campanhas de desinformação operavam de maneira astuta, criando perfis que se apresentavam como usuários autênticos, a fim de interagir e comentar em vídeos populares. Isso permitia que as mensagens alcançassem um público muito maior do que o engajamento orgânico, que, segundo o relatório do Google, era limitado, indicando a predominância de interações artificiais.
As táticas utilizadas por esses canais incluíram a disseminação de informações falsas sobre sanções econômicas e conflitos, como a guerra na Ucrânia, por parte dos russos. Nos casos das campanhas chinesas, temas como direitos humanos e política externa eram abordados, frequentemente omitindo críticas ao governo. O relatório também destacou a remoção de campanhas que atacavam opositores políticos em países como Azerbaijão, Irã, Turquia, Israel, Romênia e Gana.
O Google atribui esses esforços ao investimento constante em tecnologia e inteligência artificial, além de parcerias com pesquisadores e agências de segurança. A empresa prometeu continuar publicando relatórios detalhados sobre as ameaças à desinformação, reforçando sua transparência e apoio à comunidade de cibersegurança.
"Nós estamos comprometidos em garantir que o YouTube permaneça um espaço seguro contra a desinformação", afirmou um porta-voz do Google.
Essas ações do YouTube são cruciais em um contexto onde a propagação de informações erradas pode ter consequências sérias para a opinião pública e a democracia.