Críticas e Controvérsias
Os ex-ministros do governo Bolsonaro, Tereza Cristina e Marcos Pontes, estão no centro de uma controvérsia por integrarem uma comitiva que viajará aos Estados Unidos para negociar a redução das tarifas que incidem sobre produtos brasileiros. A viagem, criticada por diversos grupos e figuras políticas, está sendo chamada de "desrespeito" pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro, que também a considera "fadada ao fracasso".
Reações de Bolsonaristas
Os senadores Tereza Cristina, representante do Partido Progressista (PP-MS), e Marcos Pontes, do PL-SP, tornaram-se alvo de ataques de outros bolsonaristas, que os acusam de "traição à pátria". A escalada de críticas se intensificou com a publicação de uma nota pública de Eduardo Bolsonaro, recomendada por Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente João Batista Figueiredo, que reafirmou que os senadores não falam em nome de Jair Bolsonaro.
Expectativas da Reunião
Figueiredo fez declarações contundentes nas redes sociais, dizendo que a comitiva não seria recebida por autoridades de alto escalão e que a viagem poderia resultar em uma recepção fria. "Eles não vão conseguir reuniões importantes", afirmou, sugerindo que os senadores seriam tratados de forma desdenhosa.
Contexto da Visita
A senadora Tereza Cristina e o senador Marcos Pontes, que foram ministros durante o governo Bolsonaro, estão indo a Washington no fim deste mês para participar das negociações, em um cenário onde a taxação sobre produtos brasileiros é uma questão delicada, especialmente após as imposições feitas durante a presidência de Donald Trump.
Defesa de Bolsonaro e Consequências
Embora enfrentem críticas, os senadores continuam a manifestar apoio público a Jair Bolsonaro. Em uma de suas publicações, Marcos Pontes reiterou sua lealdade ao ex-presidente, destacando que "honra não se anula". Tereza Cristina, por sua vez, expressou preocupação diante do atual cenário, defendendo a cautela nas negociações e solidão com o ex-presidente e sua família.
Pontos Finais da Negociação
A viagem ocorre em um momento em que o Senado começou a definir as diretrizes para as negociações de tarifa, programadas entre os dias 29 e 31 deste mês. No entanto, Eduardo Bolsonaro, ao criticar a iniciativa, sugeriu que a real solução para a questão das tarifas estaria ligada a uma "anistia ampla, geral e irrestrita" das ações anteriormente tomadas, ligando a atual situação a eventos que ocorreram em 8 de janeiro de 2023.