Ginny Wu, atualmente com 32 anos, cresceu em Southern California e vivenciou uma transformação em sua identidade após se mudar para Taipei. Em um relato voltado para o autoentendimento e desenvolvimento profissional, Wu explica como um projeto escolar no ensino médio a fez refletir sobre suas raízes e sua relação com Taiwan, o país ancestral de seus pais.
"Para a geração do meu pai, o sonho americano era construir um futuro melhor para os filhos", diz Ginny. Seu tio foi o primeiro da família a conseguir o green card, facilitando a emigração de seus parentes para os Estados Unidos. Nascida e criada em Norco, um pequeno município, ela conta que a falta de diversidade fez com que sua infância fosse marcada por questionamentos sobre sua identidade. Em casa, a língua falada era o mandarim, o que, apesar da resistência na infância, se tornou um ativo valioso em sua vida atual.
A chave para a mudança de perspectiva veio em um projeto do International Baccalaureate, onde ela escreveu uma dissertação sobre como a colonização japonesa impactou a identidade taiwanesa. O fato de que suas aulas anteriores pouco tinham abordado essa história fez com que ela se aprofundasse e compreendesse melhor sua própria herança. "Explorar essas influências me ajudou a entender minha história e a de Taiwan", reflete.
Após se formar em economia pela UCLA e trabalhar como analista financeiro para a Northrop Grumman, Ginny percebeu que sua vida estava limitada. Em 2018, decidiu participar do Anchor Taiwan, um programa de imersão em startups. Essa experiência lhe proporcionou uma nova visão sobre como poderia viver e trabalhar em Taiwan, um desejo que a levou a deixar seu emprego estável e a se mudar para Taipei. Inicialmente sem emprego, ela se dedicou a aprender mandarim e a procurar trabalho, eventualmente sendo contratada pelo Taiwan Startup Stadium.
Embora seus pais, especialmente sua mãe, não estivessem satisfeitos com sua mudança, eles a apoiaram, uma vez que percebiam sua insatisfação com a vida em solo americano. A adaptação à vida em Taipei também se mostrou mais fácil do que ela esperava. A cidade, que ela descreve como limpa, conveniente e segura, a ajudou a se conectar mais com amigos locais e familiares. O crescimento pessoal que experimentou é visível em cada aspecto de sua nova vida.
Apesar das saudades de sua família que permanece nos EUA, Ginny destaca que agora consegue lidar melhor com desafios antes considerados pequenos. Desde navegar pela vida em um novo idioma até a construção de uma nova maneira de viver. Com a intenção de um dia lançar seu próprio negócio, Ginny sente que Taiwan se tornou seu verdadeiro lar.
Essa experiência transforma não apenas sua visão sobre identidade, mas também novos caminhos em sua carreira, moldando uma trajetória que a aproxima de suas raízes e objetivos. Se você tem uma historia pessoal sobre mudanças para a Ásia, entre em contato com o editor via email.