O BioParque do Rio reabrirá suas portas nesta quinta-feira (24), apesar da recente confirmação de casos de gripe aviária que afetaram aves domésticas. A contaminação, que resultou na morte de nove galinhas-d’Angola, foi identificada na Zona Norte da capital fluminense, e leva a gestão do parque a manter a área da Savana Africana fechada para visitação.
O governo do estado do Rio de Janeiro confirmou a detecção do vírus em um laboratório federal em Campinas (SP) nesta última quarta-feira (23). Até agora, todos os 31 registros de Influenza Aviária no estado haviam sido restritos a aves silvestres migratórias. A confirmação dessa nova ocorrência em galinhas-d’Angola, que são aves domésticas, marca um importante ponto na vigilância sanitária do estado.
Paulo Henrique Moraes, superintendente estadual de Defesa Agropecuária, assegurou que não se trata de granjas comerciais ou criadouros de subsistência envolvidos, o que minimiza preocupações sobre a possibilidade de disseminação do vírus. "Embora existam casos raríssimos de transmissão para humanos, eles costumam ocorrer em situações de contato muito próximo com as aves. No caso do BioParque, o risco é considerado praticamente nulo", explicou.
Com a morte das galinhas, os protocolos de biossegurança foram imediatamente ativados. Quinze funcionários responsáveis pela área afetada estão sendo monitorados. Caso algum apresente sintomas, serão encaminhados para avaliação nas instituições competentes, como a Fiocruz ou o Laboratório Noel Nutels.
Moraes acrescentou ainda que até o momento não houve nenhum caso de transmissão da gripe aviária entre pessoas no Brasil e que, no momento, não há registros de disseminação do vírus entre humanos. As aves de outras áreas do parque, que estão em ambientes telados, não têm contato com aves de vida livre, evitando assim possíveis novas contaminações.
A área da Savana Africana que foi isolada permanecerá interditada por 14 dias, a partir da data da confirmação dos casos. A decisão de reabertura do BioParque foi tomada em conjunto com membros da Superintendência de Defesa Agropecuária, Ministério da Agricultura, Secretaria Estadual de Saúde e ICMBio. Se não forem reportados novos casos nesse período, a área será reavaliada para permitir o retorno dos visitantes. Até o momento, o Ministério da Agricultura não se manifestou oficialmente sobre o laudo que confirmou a presença do vírus no parque.