Sam Mewis e Lynn Williams, campeãs da seleção dos Estados Unidos, expressaram preocupação com as condições da Copa América Feminina durante um recente podcast, destacando as dificuldades enfrentadas pelas jogadoras brasileiras.
A competição sul-americana começou com restrições severas, onde as atletas não podiam aquecer nos gramados antes das partidas, sendo forçadas a se preparar em pequenas salas, algumas vezes até compartilhadas entre equipes adversárias. Mewis declarou: "Sinto pena das jogadoras que precisam passar por isso e quero que as entidades dirigentes e as pessoas em posições de poder defendam mais as jogadoras".
A onda de descontentamento ganhou destaque nos Estados Unidos após as jogadoras brasileiras Kerolin e Marta se manifestarem. Marta, ex-jogadora da NWSL e conhecida pelo seu tempo no Orlando Pride, assim como Kerolin, alertaram sobre as condições de trabalho. Em resposta, a Conmebol anunciou que, a partir da terceira rodada da Copa América, as jogadoras puderam aquecer nos gramados por 15 minutos antes das partidas.
Williams fez uma comparação direta com a Eurocopa Feminina, que ocorre atualmente na Suíça e vem sendo marcada por boas condições, com investimentos recordes, público massivo e a implementação de tecnologias como o VAR. Ela comentou: "Os investimentos no esporte em países europeus são notáveis e a diferença é gritante", desafiando as federações a oferecerem melhores condições para as jogadoras na América do Sul.
Enquanto isso, a seleção brasileira já se garantiu na semifinal da Copa América, mas ainda procura assegurar a liderança do Grupo B. A seleção enfrentará a Colômbia na sexta-feira, às 21h, com transmissão ao vivo pelo sportv.
A situação levantada por Mewis e Williams não apenas reflete uma realidade desconfortável para as jogadoras brasileiras, mas também evidencia a necessidade urgente de melhorias na infraestrutura do futebol feminino na América do Sul. O investimento e o apoio adequados podem fazer uma diferença significativa na experiência das atletas em competições internacionais.
Com a visibilidade crescente do futebol feminino, é imperativo que todos os envolvidos se unam para garantir que as condições para as jogadoras sejam equivalentes às de suas contrapartes na Europa e em outros locais, criando um ambiente mais justo e competitivo para todas.