As férias escolares, embora desafiadoras para famílias de crianças com deficiência, têm o potencial de se transformar em uma oportunidade valiosa de fortalecer vínculos e promover o desenvolvimento. Segundo Ana Paula Crema, especialista em reabilitação em neuropediatria, "as brincadeiras são fundamentais para o desenvolvimento cognitivo e emocional". A experiência em ambientes novos e com diversas pessoas pode ampliar repertórios e aumentar a motivação das crianças. Diante do receio de algumas famílias sobre a desregulação da rotina durante as pausas, Ana enfatiza que essas oportunidades ajudam a avaliar o progresso das terapias. Crianças que mantêm frequência nas intervenções tendem a lidar melhor com mudanças, permitindo aos cuidadores perceberem os avanços fora do ambiente terapêutico. Aqui estão algumas dicas para transformar as férias em um momento mais leve e prazeroso:
- Descanso: Um tempo de relaxamento em casa é crucial para regular tanto o corpo quanto a mente. Isso favorece a autorregulação emocional, aliviando a carga sobre a criança e os cuidadores.
- Visitas a familiares ou amigos: Interações emocionais fortalecem o senso de pertencimento e estimulam habilidades sociais de maneira segura e natural.
- Passeios na natureza: Estar em espaços verdes não apenas acalma, mas também ajuda a desenvolver os sentidos e amplia experiências, especialmente para crianças com hipersensibilidades sensoriais.
- Um dia com os avós, tios ou padrinhos: Essa experiência promove um ânimo para os pais e fortalece vínculos intergeracionais, permitindo novas interações em um ambiente acolhedor.
- ‘Hora da pipoca’ com primos: O convívio em família com outras crianças impulsiona a linguagem, a autonomia e a cooperação, tudo de forma lúdica.
- Brincadeiras com água: Atividades aquáticas são perfeitas para o desenvolvimento motor e promovem relaxamento e diversão ao mesmo tempo.
- Fazer uma pequena viagem: Sair da rotina, mesmo que por pouco tempo, amplia a gama de experiências e ajuda na resiliência em face de novidades. É fundamental respeitar os desejos e necessidades da criança, garantindo que as atividades tenham um propósito emocional e terapêutico.