O Guarani solicitou a anulação do jogo contra o Anápolis, que resultou em vitória do time goiano por 2 a 0, invocando um erro de direito da arbitragem. A partida, ocorrida no Estádio Jonas Duarte na rodada 13 da Série C do Campeonato Brasileiro, gerou controvérsias ao acusar a equipe adversária de ter 12 jogadores em campo durante um período do jogo, o que é expressamente proibido.
O advogado do Guarani, João Chiminazzo, revelou que o pedido foi protocolado junto ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) e que a equipe aguarda uma resposta rápida sobre a solicitação. "Fizemos um pedido liminar para que não seja homologado o resultado da partida, para evitar uma interferência na tabela", afirmou Chiminazzo em uma entrevista à Rádio CBN, ressaltando a convicção do clube sobre a ocorrência de um erro que justifica a anulação da partida.
A ação foi baseada no artigo 259, parágrafo 1º, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que permite a anulação se houver erro de direito relevante. O Guarani anexou ao pedido imagens e um vídeo que mostram o Anápolis com 12 jogadores em campo durante uma cobrança de escanteio favorável ao Guarani, o que, segundo a equipe, poderia ter influenciado o resultado final do jogo.
Durante o lance, o atacante do Anápolis, João Celeri, teria permanecido em campo após ser substituído, participando ativamente da marcação, evento que foi destacado como uma possível interferência no resultado da partida. O juiz principal foi alertado sobre a situação e, na súmula do jogo, registrou que Celeri foi advertido por retornar ao campo sem autorização, mas as imagens não mostraram claramente seu retorno.
A arbitragem, comandada por Marcello Ruda Neves, já havia gerado descontentamento entre os jogadores e comissão técnica do Guarani devido a decisões polêmicas, incluindo uma entrada dura que não resultou em expulsão e uma cobrança de pênalti marcada em condições contestadas. Essas situações foram mencionadas na petição do Guarani como mais uma justificativa para anulação do jogo.
A derrota impediu que o Guarani avançasse para a zona de classificação do campeonato, mantendo a equipe com 16 pontos, enquanto o Anápolis agora ocupa o 16º lugar na tabela, uma posição mais confortável na luta contra o rebaixamento. A situação abre um imenso debate sobre a atuação da arbitragem e suas consequências nos resultados das competições.