Em junho de 2025, os brasileiros enfrentaram um aumento de **38%** no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), conforme revelou a Receita Federal. Esse aumento ocorreu em meio a uma série de tentativas de revogação por parte do Congresso e se tornou um dos principais fatores para a arrecadação recorde de impostos no país.
O mês marca o primeiro período completo em que as novas alíquotas do imposto foram aplicadas, resultando em uma arrecadação de **8 bilhões de reais** em junho. Este valor é **34%** superior ao registrado em maio e representa um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano anterior.
A arrecadação total com impostos federais alcançou a impressionante cifra de **234,6 bilhões de reais** em junho. Embora o IOF tenha contribuído com mais de **3 bilhões de reais** para esse montante, ele ainda representa uma fração relativamente pequena da arrecadação total. Em comparação, a arrecadação de IOF nos meses anteriores variou entre **5,7 bilhões e 6 bilhões de reais** já ajustados pela inflação.
A trajetória do IOF começou com um decreto publicado em **22 de maio** pelo governo, que enfrentou forte resistência do Congresso. Vários decretos foram editados, com aumentos adaptados às pressões políticas, culminando no decreto mais impactante de **13 de junho**. No entanto, em uma resposta inesperada, o Congresso decidiu revogar esses aumentos em **25 de junho**.
Essa ação, considerada rara na nova democracia brasileira, foi contestada pelo governo do presidente **Lula**, que argumentou que a interferência do Legislativo sobre impostos é uma usurpação de poderes executivos. Apesar de a revogação ter sido temporária, o Supremo Tribunal Federal reestabeleceu os aumentos do IOF em **16 de julho**, reintegrando os novos valores anteriormente barrados.
A repercussão dessa mudança fiscal levanta questionamentos sobre o papel do Legislativo em decisões tributárias e como isso afetará a economia brasileira no futuro. As alíquotas de IOF, sendo um tributo regulatório, têm um impacto significativo nas operações financeiras e na dinâmica fiscal do país.