Homem é detido após ataque a ônibus em São Paulo
Na tarde desta sexta-feira (25), a polícia prendeu um homem suspeito de arremessar um pedaço de concreto contra o para-brisa de um ônibus, evento que gerou grande repercussão. O incidente ocorreu na Avenida Cupecê, na Zona Sul de São Paulo, e foi registrado por uma câmera de segurança na quinta-feira (24), por volta das 13h10. O ataque estilhaçou completamente o vidro do coletivo.
Momentos do ataque filmados por câmera de segurança
As imagens gravadas mostram o momento preciso em que o homem corre pela calçada, pega um pedaço de concreto solto e o quebra em fragmentos menores. Ele então lança o bloco em direção ao ônibus, que estava parado em um ponto. Após a ação, o suspeito fugiu do local. A inspetoria do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) foi capaz de identificar o autor do ataque através das filmagens e realizá-lo a detenção.
Inúmeros ataques a ônibus na capital paulista
Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública, desde junho, mais de 800 ataques a ônibus foram contabilizados em São Paulo e na região metropolitana. Dentro da cidade, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) e a SPTrans relataram que 549 veículos foram depredados, incluindo dois na quinta-feira e dois nesta sexta.
Reforço na segurança do transporte público
A partir desta sexta-feira, um efetivo de 200 agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) foi acionado para garantir a segurança do transporte público municipal. Esses agentes atuarão dentro dos ônibus e em áreas conhecidas por concentrarem ataques, oferecendo mais segurança aos passageiros. A Prefeitura de São Paulo, em ação conjunta com a Polícia Militar, também analisa a possibilidade de utilizar policiais da Operação Delegada para suportar a segurança nas linhas mais críticas.
Motivação aterradora por trás dos ataques
Além do detido nesta sexta-feira, outras 17 pessoas foram presas sob suspeita de participarem de ataques semelhantes a ônibus. Contudo, a motivação ainda não foi esclarecida. Uma teoria sugere que os ataques podem estar relacionados a disputas dentro do sindicato dos trabalhadores da categoria. Um dos detidos, Edson Campolongo, é um servidor do governo demitido após ser envolvido em ao menos 17 ataques. Ele comandava um veículo oficial da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) na execução dos crimes, e a investigação foi facilitada pelas idas e vindas do carro em áreas onde ocorreram os atentados. O irmão de Edson também foi preso durante as investigações.